sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

ECONOMIA: Inflação de 0,55% em janeiro é a menor para o mês desde 2009, diz IBGE

Do UOL, em São Paulo

A inflação oficial avançou 0,55% em janeiro, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo), divulgado nesta sexta-feira (7) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o IBGE, essa é a menor alta dos preços em um mês de janeiro desde 2009, quando o índice tinha sido de 0,48%.
No acumulado em 12 meses, a alta foi de 5,59%, menor nível desde novembro de 2012 (5,53%). A meta do governo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (ou seja, variando de 2,5% a 6,5%).
Em dezembro do ano passado, o índice tinha acelerado para 0,92%, na maior alta mensal desde abril de 2003, quando atingiu 0,97%. Em janeiro do ano passado, a inflação tinha subido 0,86%
O IPCA mede a inflação para as famílias com renda de um a 40 salários mínimos em nove regiões metropolitanas do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, a além do município de Goiânia e de Brasília.
Passagens aéreas caem 15,9%; combustíveis sobem menos
O grupo de Transportes foi o principal responsável pela desaceleração da inflação no mês passado. Os preços deste segmento tiveram leve queda de 0,03%, depois de terem subido 1,85% em dezembro.
O principal destaque foram os preços das passagens aéreas, que caíram 15,88% em janeiro, depois de subirem 20,13% em dezembro. Os combustíveis, de alta de 4,12% foram para alta de 0,77%, entre dezembro e janeiro.
O preço do etanol também subiu no mês, mas em ritmo menor: depois da alta de quase 5% em dezembro, avançou 1,43% em janeiro. O óleo diesel passou de alta de 4,89% para alta de 0,91%.
O preço das passagens de viagens interestaduais de ônibus cresceram menos também, passando de 1,3% para 0,81%. Em contraposição, as passagens de ônibus intermunicipais tiveram alta de 1,76% em janeiro, depois de subir 0,25% em dezembro.
Por fim, as tarifas de táxi subiram 3,28%, contra alta de 0,18% no mês anterior. O principal destaque foi o aumento dos preços na região metropolitana de Curitiba, que foi de 7,65%; e o Rio de Janeiro, que teve reajuste de 11,2%.
Carne e cigarros mais caros
Os preços dos alimentos tiveram a segunda maior alta do mês, mas ainda subiram menos que em dezembro. Se no fim do ano passado o grupo teve alta de 0,89%, em janeiro deste ano os preços subiram 0,84%.
O preço da carne foi o principal impacto no resultado final. O item tem peso de 0,08 ponto percentual sobre o total, e apresentou alta de 3,07% nos preços.
As despesas pessoais subiram 1,72% em janeiro, com destaque para o reajuste nos preços do cigarro (que foi de alta de 0,57% em dezembro para 7,79% em janeiro); das excursões, que subiram 9,26%; e nos custos do empregado doméstico, que subiram 1,03%.
Saúde e cuidados pessoais ficaram 0,48% mais caros em janeiro. Os gastos com habitação subiram quase o mesmo em janeiro e dezembro (0,52% e 0,55%, respectivamente). 
O grupo educação também teve destaque de alta de preços. Os custos subiram de 0,05% em dezembro para 0,57% em janeiro, com destaque para itens de leitura (alta de 1,62%) e papelaria (1,95%), além dos cursos regulares (alta de 0,36%).
Liquidações de início de ano puxam preços de vestuário para baixo
O grupo com o menor resultado do mês foi o de Vestuário, que caiu 0,15% em janeiro, depois da alta de 0,8% em dezembro. A queda se deve, provavelmente, às liquidações de início de ano.
O grupo Comunicação teve leve alta de 0,03%, depois de subir 0,74% em dezembro. A mesma tendência ocorreu com os artigos de residência, que, depois das festas de fim de ano, diminuíram a alta de 0,89% para 0,49%.
INPC subiu 0,63%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,63% em janeiro e ficou 0,09 ponto percentual abaixo do resultado de 0,72% de dezembro. 
Após ter fechado 2013 em 5,56%, o acumulado dos últimos doze meses recuou para 5,26%. Em janeiro de 2013, a taxa havia sido 0,92%.
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979 e se refere às famílias com renda entre um e cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado. A pesquisa dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.

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