quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

ECONOMIA: Sistema elétrico nacional bate novo recorde de consumo

De OGLOBO.COM.BR
HENRIQUE GOMES BATISTA* (EMAIL · FACEBOOK · TWITTER)

Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste também tiveram níveis históricos
Hermes Chipp, do ONS, afirma que toda economia é bem vinda, mas negou necessidade de racionamento
RIO DE JANEIRO - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou nesta quinta-feira que o país voltou a registrar recordes no consumo de energia na quarta-feira, por causa da onda de calor. As regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste, separadamente, também bateram recordes de carga de energia na quarta-feira, segundo o ONS.
De acordo com o órgão, na tarde de quarta-feira, foram registrados quase simultaneamente os recordes de consumo nacional (às 15h41 85.708 MW, contra recorde anterior de 84.331 MW no dia 3 de fevereiro), do subsistema Sudeste/Centro-Oeste (também às 15h41, com 51.187 MW, contra recorde de 50.854 MW no dia 3 de fevereiro) e no Sul (às 14h30, com consumo de 17.771 MW, acima dos 17.412 MW registrados no recorde anterior, registrado na véspera).
Questionado por repórteres osbre a necessidade de economizar energia, Hermes Chipp, diretor do ONS, afirmou que toda economia é bem-vinda, mas negou necessidade de racionamento.
- Se você economiza é bom, porque aumenta a margem de segurança, mas não precisa fazer isso, não precisa de racionamento.
A reunião para debater as causas do apagão desta terça-feira, que atingiu 12 estados e o Distrito Federal, começou pouco depois das 14h na sede do ONS, no Rio de Janeiro. De acordo com o órgão, estão presentes cerca de 25, entre técnicos de empresas de distribuição, transmissão e geração, além de representantes da Aneel e de órgãos do governo.
O ONS informou ainda que não deve ser publicada nenhuma informação oficial desta reunião, deve ser enviado um documento não conclusivo, sigiloso, para a Aneel. A ONS ainda não informou as causas do apagão.
Hermes Chipp afirmou que, até o momento, nenhum técnico apresentou alguma hipótese sobre as causas. Segundo ele, pode demorar até 30 dias para o motivo ser conhecido.
- Um avião, quando cai, se espera dois anos para descobrir o que houve com a caixa-preta. Isso é mais ou menos parecido, só que a gente nunca demora mais do que um mês (para apresentar a causa). É um fenômeno complexo - disse Chipp.
Ele voltou a negar a falta de investimentos, excesso de consumo ou incêndio como causa provável, mas disse que descargas elétricas podem ser uma hipótese.
- A descarga é uma das hipóteses. Vamos ver se há identificação pelos institutos especializados das descargas elétricas.
De acordo com a assessoria da ONS, no momento do apagão de terça-feira, estaria ocorrendo uma tempestada na região entre Tocantins e Goiás, onde ocorreram as falhas que causaram o blecaute. No entanto, não há informações sobre raios que possam ter causado o incidente.
'Chuva tarda, mas vem'
Chipp participou da abertura de reunião do ONS e falou com jornalistas ao sair para almoçar. Ele informou ainda que o ONS, por conta da falta de chuva e do excesso de consumo, tem trabalhado mais com o curto prazo, para ver como adiministrar a escassez de energia até o retorno das chuvas.
- O sistema terminou o ano com armazenamento (de água nos reservatórios) na casa dos 40%. Hoje está em 38,8%. Temos uma margem grande e a chuva vem, não existe um ano em que não chova. Ela tarda, mas vem. Só espero que venha no lugar certo.
(*) Com agências internacionais
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