segunda-feira, 19 de agosto de 2013

MUNDO: Justiça egípcia ordena libertação do ex-presidente Hosni Mubarak

De OGLOBO.COM.BR
COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Ex-presidente foi absolvido em um dos casos de corrupção
Hosni Mubarak acena para partidários deitado em uma maca em uma corte do Cairo - STRINGER / REUTERS
CAIRO - A Justiça do Egito ordenou nesta segunda-feira a libertação provisória do ex-presidente Hosni Mubarak em um caso de corrupção, no qual é acusado de malversação de fundos públicos, após o prazo de prisão preventiva ter expirado. As autoridades, no entanto, ainda podem encontrar uma maneira de mantê-lo preso, de acordo com o “New York Times”, já que sua libertação deve criar um novo ponto de tensão num país já em convulsão.
O Tribunal Penal do Norte do Cairo remeteu o processo ao procurador-geral, que deverá continuar as investigações e incluir mais quatro pessoas no caso, acusadas de terem ajudado Mubarak e seus dois filhos, Alá e Gamal, no desvio de dinheiro público para construir e reformar mansões particulares. Apesar de ter ordenado a libertação de Mubarak, o tribunal decidiu prorrogar a detenção dos filhos.
Mais cedo, o advogado Fareed El-Deeb afirmou esperar que Mubarak, de 85 anos, fosse libertado nas próximas 48 horas.
- Tudo que nos resta é um procedimento administrativo simples que não deve demorar mais de 48 horas. Teria que ser libertado até o fim da semana - disse Deeb.
Segundo o advogado, os únicos motivos legais para manter Mubarak detido têm raiz em outro caso de corrupção, que será esclarecido mais adiante nesta semana.
A libertação do ex-presidente, que governou o Egito durante três décadas, introduziria um novo elemento de instabilidade na crise política que vive o país, após o golpe militar contra Mohamed Mursi, em 3 de julho. Desde quarta-feira da semana passada, mais de 800 pessoas morreram em confrontos entre manifestantes pró-Mursi e as forças de segurança. A Irmandade Muçulmana, movimento ao qual Mursi fazia parte, corre o risco de voltar à ilegalidade, e os militares ameaçam usar mais força para conter os protestos.
Mubarak, ele mesmo um ex-militar da Força Aérea egípcia, ainda enfrenta um novo julgamento sob a acusação de cumplicidade no assassinato de manifestantes durante a revolta de 2011. Ele está detido por quase dois anos e se encontra atualmente em um hospital militar do Cairo.

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