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Objetivo é debater proposta de Constituinte exclusiva para discutir a reforma política
Dilma propôs Constituinte exclusiva para a reforma política - Divulgação
BRASÍLIA — Pelo segundo dia consecutivo, a presidente Dilma Rousseff realiza uma série de reuniões nesta terça-feira para discutir soluções para encerrar a onda de protestos no país. Às 15h, Dilma receberá o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, no Palácio do Planalto. Estão previstos ainda encontros com os presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coelho, e do Senado, Renan Calheiros (PMDB). Em debate, a proposta de convocação de um plebiscito para instalar uma Assembleia Constituinte exclusiva para discutir a reforma política.
Em encontro com governadores e prefeitos de capitais ontem, Dilma defendeu o plebiscito, que provocou fortes reações negativas tanto no mundo jurídico como no político. A presidente propôs um pacto nacional em torno de cinco pontos que vêm sendo expostos pelas manifestações de ruas. Além da reforma política, o pacto inclui responsabilidade fiscal, saúde, educação e transporte público. Dilma também defendeu que seja aprovada lei que torne a corrupção um crime hediondo.
A presidente ainda tem reunião marcada o fim da tarde de hoje com representantes de movimentos urbanos. Paralelamente, várias manifestações estão programadas em todo o país nesta terça-feira.
De acordo com Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), ele recebeu ontem o convite para o encontro com Dilma, que deve contar ainda com a presença de representantes de outros três movimentos de moradia nacionais.
— Nós fomos procurados pelo governo, o que consideramos uma iniciativa positiva, mas só vamos saber se representa mesmo uma mudança de postura da Presidência (em relação à falta de diálogo com os movimentos populares) depois da reunião e com medidas concretas.
O MTST e o movimento Periferia Ativa realizam na manhã desta terça-feira um protesto em Capão Redondo, na zona sul de São Paulo. Cerca de 200 manifestantes fecharam uma das vias principais da região. Eles serão recebidos ainda na manhã de hoje pelo governador Geraldo Alckmin.
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