quinta-feira, 27 de junho de 2013

ECONOMIA: Pessimista, BC diminui projeção de crescimento da economia para 2,7%

Do ESTADAO.COM.BR
Adriana Fernandes, Célia Frofe e Eduardo Cucolo, da Agência Estado

Segundo o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, IPCA também deve encerrar o ano um pouco pior, em 6%
BRASÍLIA - Para o Banco Central, a economia pode se mostrar mais fraca do que o esperado neste ano. O BC revisou sua projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 de 3,1% para 2,7%, dados divulgados no Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Pela primeira vez, a autarquia apresentou também sua estimativa para a expansão da economia brasileira em 12 meses até o final do primeiro trimestre de 2014, que é de 3,00%.
Clayton de Souza/ Estadão
BC reduziu projeção para a indústria de 2,3% para 1,2%
Nesta quarta-feira, 26, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse a deputados que sua projeção era de um crescimento em torno de 3% para este ano. A pesquisa Focus, feita com analistas do mercado financeiro, está com uma previsão de taxa de expansão de 2,46% para 2013. Na época do relatório trimestral anterior, de março, a Focus previa um crescimento do País de 3,00%.
O Banco Central conta com uma expansão menor para a indústria e o comércio deste ano. Para a produção da indústria, a projeção indica crescimento 1,2% ante 2,3% do último Relatório. Pesou sobre essa revisão a diminuição de 3,1% na produção da indústria extrativa (3% na estimativa anterior)e para 1,1% na da construção civil (1,8% no último Relatório).
Já a projeção para o agronegócio em 2013 foi ampliada. Conforme o documento, a produção agropecuária deverá crescer 8,4% este ano. A estimativa anterior era de 6,0%. O BC ressaltou o desempenho no primeiro trimestre do ano melhor do que o previsto.
O crescimento do setor de serviços em 2013 está projetado em 2,6% para este ano - também uma redução significativa ante a previsão anterior de 3,1%. No âmbito dos componentes domésticos da demanda agregada, o BC ressaltou a elevação, de 4% para 6,1%, na projeção para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede os investimentos do País.
A projeção para o consumo do governo passou de 2,8% para 2,4%. Já em relação ao componente externo da demanda agregada, a variação anual das exportações foi revista em -1,7 ponto porcentual, para 2,8%. Essa alteração, de acordo com o BC, está em linha com o observado no primeiro trimestre, e com estatísticas disponíveis sobre o segundo trimestre.
A expansão das importações foi também revisada, de 7% para 7,6%. A contribuição da demanda interna para a expansão do PIB em 2013 é estimada em 3,4 pp e a do setor externo, em -0,7 pp. 
Inflação
Apesar do compromisso do governo Dilma Rousseff com a queda da inflação, o IPCA deve encerrar este ano com uma taxa maior do que a verificada no ano passado. A projeção de IPCA subiu de 5,7% para 6% ao final de 2013, no cenário de referência. Em 2012, segundo ano do governo Dilma, o IPCA fechou em 5,84%. Ao longo deste ano, o presidente do BC, Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeram em várias ocasiões uma inflação menor em 2013 do que em 2012. A queda da inflação também foi uma promessa da presidente Dilma.
O BC elevou de 5,1% para 5,2% a projeção de IPCA acumulado em 12 meses ao final de 2014 no cenário de mercado. Essa projeção se encontra abaixo do cenário de referência, que prevê o IPCA em 5,4% ao final do ano que vem. Para 2013, a projeção do cenário de mercado ficou estável em 5,8%. O IPCA, pelas estimativas do BC, vai fechar o segundo trimestre acima do teto da meta, em 6,8%. O teto da meta de inflação é de 6,5%. A inflação recuará para 6,3% no terceiro trimestre.
Em 2014, a projeção parte de 5,6% no primeiro trimestre e se desloca para 5,2%, mantendo-se nesse patamar nos quatro trimestres seguintes. No segundo trimestre de 2015, a projeção encontra-se em 5,3%. Nesse cenário, a probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da metam em 2013 caiu de 25% para 21%. Para 2014, a chance de estouro passou de 26% para em torno de 25%.
Dólar
O Banco Central passou a usar uma cotação para o dólar de R$ 2,10, segundo o Relatório Trimestral de Inflação. No documento anterior, de março, o parâmetro utilizado no cenário de referência era de R$ 1,95. Essa nova cotação tem como data de corte, conforme o relatório, o dia 7 de junho. Nessa data, o dólar comercial fechou em R$ 2,1380 na BM&F e em R$ 2,1360, no balcão.

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