sábado, 29 de junho de 2013

POLÍTICA: Dilma chama equipe e cobra medidas além do plebiscito

Da FOLHA.COM

A presidente Dilma Rousseff avisou sua equipe que planeja realizar na próxima semana reunião ministerial para acelerar medidas que atendam as reivindicações da voz das ruas e evitar um clima de paralisia no governo.
Segundo assessores, a presidente quer passar a seus ministros a orientação de que o setor público precisa responder aos anseios dos manifestantes, que desejam melhores serviços no país.
A intenção é dizer que não basta ouvir a voz das ruas, como será feito no plebiscito sobre a reforma política, mas também agir rapidamente e acelerar programas nas áreas de educação, saúde, segurança e mobilidade urbana.
Até o início da noite de ontem, porém, a reunião não estava confirmada oficialmente na agenda presidencial.
Segundo um auxiliar, havia a possibilidade de postergá-la caso a avaliação fosse a de que o encontro poderia passar a imagem de algo vazio, sem resultado concreto.
Dilma também avisou sua equipe que pode receber líderes da oposição na segunda-feira, mas até ontem à noite nenhum convite havia sido feito. Os oposicionistas já trabalham com a possibilidade de o encontro ficar apenas na promessa do Planalto.
AGENDA CHEIA
Ontem, Dilma passou a tarde e início da noite reunida com ministros no Palácio da Alvorada. Acompanhada de Aloizio Mercadante (Educação), recebeu à tarde os ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Saúde) para discutir o programa Mais Médicos.
Depois, no início da noite, reuniu-se com os ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Helena Chagas (Secretaria de Comunicação). Também esteve no Alvorada o ex-ministro Franklin Martins.
Um dos temas das conversas foi a mensagem que ela enviará ao Congresso na terça-feira sugerindo a realização do plebiscito sobre a reforma política, tema que ainda gera divergências com a sua base aliada.
PLANO B
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), por exemplo, tem pronto um "plano B" para a hipótese de fracasso do plebiscito proposto pelo governo federal.
Alegando que, na política, se deve lidar com "o mundo real", o peemedebista criará na terça-feira uma comissão com a tarefa de elaborar uma proposta de reforma política num prazo de 90 dias.
"Se houvesse um consenso, tempo exequível, o plebiscito seria o ideal. Mas, como na vida política temos um mundo real, não só o ideal, vou me prevenir", afirmou Henrique Alves.
Segundo o deputado, a Câmara não pode desperdiçar o momento propício para a reforma política. Como a organização de plebiscito exigiria acordo para formatação de um questionário, ele prefere instalar a comissão para um trabalho paralelo.

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