terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

POLÍTICA: Trair e coçar, é só começar !

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

Diriam os pecuaristas que a situação política, em matéria de sucessão presidencial, está daquelas em que o bezerro não reconhece a mãe. Na plataforma de lançamento estão Dilma Rousseff, Marina Silva, Eduardo Campos e Aécio Neves. Dilma já está no jogo e fez algo inusitado na política brasileira: precipitou a própria sucessão, com todos os riscos políticos que isto acarreta. A largada antecipada pode levar, por exemplo, a presidente a tropeçar na economia (ver notas abaixo). Marina Silva, com o recém-lançado "Rede Solidariedade", também é nome certo no grid de largada. Eduardo Campos está no páreo, não esconde que é candidato apesar de algumas ambiguidades, está mais para ir que para não ir, mas ainda analisa riscos e oportunidades. Será força influente, porém. Aécio Neves é aspirante sim, só não concorrerá se não conseguir a unidade de seu partido e uma aliança que pelo menos mantenha com ele o DEM e o PPS. Porém, ao contrário de Eduardo Campos, da mesma geração e com quem tem diversas afinidades, ele testa suas possibilidades para dentro e não para fora.

Trair e coçar, é só começar ! - II
Mas fora dos partidos de origem de cada um dos quatro, este cenário não está consolidado - e ninguém aposta em ninguém, estão todos esperando para ver o sopro do vento. O único dos partidos mais significativos que não terá candidato à presidência e que está com um compromisso mais firme, por interesses imediatos, é o PMDB. O partido quer garantir a vice-presidência, que está ameaçada por movimentos de Lula e Eduardo Campos. Também quer mais espaço no governo. Dilma quer o partido não só para suas necessidades diárias no Congresso como também como uma espécie de contraponto a alguma discordância com o próprio PT. Mesmo assim esse compromisso não está passado ainda "em cartório do céu e assinado por Deus" (Vinícius e Baden, no "Samba da Benção"). O restante está de amizade colorida. Dilma conversou com alguns já, mas de nenhum recebeu a garantia de votar com ela em 2014. Estão com ela no Congresso, a sucessão presidencial é outra conversa, para outro momento. O mesmo vale para Aécio, Campos, Marina. Vai depender das ofertas e das chances mínimas de cada um. O que começa a contar é a tal "expectativa de poder".

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