terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

ECONOMIA: Os juros, o câmbio, a inflação e a política

Do POLITICA & ECONOMIA NA REAL

Depois de trombadas e abalroamentos em profusão, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BC, Alexandre Tombini (lembrete útil : também tem status de ministro) parecem, finalmente, que afinaram a "logorréia" econômica oficial. Pelo que ficou entendido das declarações de Tombini a respeito do "desconforto" do BC com a inflação e das afirmações de Mantega, na Rússia, de que o câmbio não será usado como instrumento de política anti-inflacionária e que esta função é dos juros, a qualquer momento que julgar necessário a autoridade monetária poderá voltar a elevar a taxa Selic, hoje em 7,25% ao ano. O tal de mercado leu rapidamente o recado e na própria sexta-feira, dia da declaração de Mantega, já começou a elevar as taxas de juros no mercado futuro.

Os juros, o câmbio, a inflação e a política - II
Um pouco de cautela nessas análises é aconselhável. Os dois parecem mais interessados em ajustar as expectativas e ganhar alguma elevação dos juros no mercado futuro sem a necessidade de o BC agir diretamente na Selic. A razão é simples : um dos mantras político-eleitorais da presidente Dilma Rousseff é exatamente poder inflar o peito de orgulho e dizer que nunca neste país os juros estiveram tão baixos. E insinuar que podem - e devem - cair ainda mais. Como as eleições de 2014 já estão desgraçadamente no ar...

O plano real
As indicações mais confiáveis são as de que o governo pretende concentrar seu ataque ao risco de um descolamento da inflação em novas desonerações da folha de pagamento e na eliminação dos impostos que incidem sobre os alimentos da cesta básica. Isto, mais a redução das tarifas de energia elétrica e o menor efeito do aumento do salário mínimo, mais os bons sinais de que a pressão dos preços dos alimentos está arrefecendo, seriam fatores suficientes para não deixar a inflação estourar o limite superior da meta de 6,5%. Esta é a meta real de inflação no Brasil para 2013/2014 : não passar de 6,5%.

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