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Mulher de juiz Leão Aparecido Alves pode estar
envolvida
BRASÍLIA - A Polícia Federal investiga o suposto envolvimento da mulher e de
uma assessora do juiz Leão Aparecido Alves, titular da 11ª Vara Criminal, no
vazamento de informações da Operação Monte Carlo. Leão, que deveria assumir o
comando do processo contra o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos
Cachoeira, renunciou ao caso. Nesta segunda-feira à tarde, ele alegou suspeição
e se declarou impedido de ocupar o lugar que, até quinta-feira passada, era do
juiz substituto Paulo Augusto Moreira Lima.
A polícia descobriu o envolvimento do nome da mulher de Aparecido Alves por
acaso, quando rastreava um telefone flagrado em várias ligações para José
Olímpio de Queiroga Neto, um dos principais sócios de Cachoeira. Os policiais
pediram autorização para acessar o extrato da conta e descobriram que entre os
possíveis usuários do telefone estavam a mulher e uma auxiliar do juiz. Numa
conversa interceptada em fevereiro desse ano, Cachoeira menciona a operação que
estaria sendo preparada em sigilo pela polícia e faz referência a uma mulher
como suposta fonte da informação.
O vazamento teria chegado inicialmente a Queiroga. O empresário, um dos
presos na Operação Monte Carlo, é acusado de controlar a exploração ilegal de
máquinas caça-níqueis no entorno do Distrito Federal em parceria com Cachoeira.
As ligações entre familiares de Leão Aparecido Alves e Queiroga são anteriores
ao ingresso do empresário na exploração de jogos.
No final da noite de terça-feira, o presidente
do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desembargador federal Mário César
Ribeiro, designou o juiz federal Alderico Rocha Santos, titular da 5ª Vara
Federal da Seção Judiciária de Goiás, como o novo responsável pelo processo
envolvendo o contraventor Carlinhos Cachoeira.
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