quinta-feira, 21 de junho de 2012

POLÍTICA: José Serra também enfrenta problemas em sua aliança



De OGLOBO.COM.BR
Silvia Amorim


Chapa de candidatos a vereador e escolha do vice são questões ainda sem solução
SÃO PAULO - A poucos dias da convenção que homologará o tucano José Serra candidato a prefeito em São Paulo, a campanha do PSDB também passa por turbulências por causa das alianças partidárias firmadas para a eleição deste ano. Até esta quarta-feira, o partido não havia conseguido acordo dentro do próprio PSDB para acomodar os partidos aliados na chapa de candidatos a vereadores da coligação. A divisão de espaço foi um compromisso firmado por Serra com PSD, PR e DEM, em troca do apoio na eleição majoritária.

Enquanto o PT do pré-candidato Fernando Haddad está tendo que administrar a escolha de um novo vice , depois da desistência da deputada Luiza Erundina (PSB), o impasse no PSDB é com o partido do prefeito Gilberto Kassab (PSD).
Setores do PSDB paulistano resistem a ceder espaço na chapa de vereadores a ex-tucanos , que agora estão no PSD. A saída deles do partido foi polêmica. Os dissidentes acusaram a atual direção de retaliação por terem apoiado, em 2008, a reeleição de Kassab, em vez da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB).
Dirigentes tucanos admitem que o partido deverá reduzir o número de vereadores eleitos por causa da ampla coligação.
Uma reunião da direção municipal do PSDB está marcada para esta quinta-feira, quando se tentará construir um acordo. Para evitar qualquer surpresa e um eventual desgaste político, tucanos ligados a Serra pressionam o partido para que, no dia da convenção, a homologação do nome do tucano e da coligação com os aliados para o legislativo aconteça em uma só votação. Assim, avaliam, mesmo os insatisfeitos com a coligação seriam forçados a votar favoravelmente para aprovar a candidatura de Serra.
— O partido está tentando chegar a um entendimento. O partido já entendeu a importância de manter um arco de alianças seguro para que o Serra seja vitorioso na eleição. Para alcançar esse projeto, temos que fazer coligações na proporcional (eleição para o legislativo) — afirmou o líder dos vereadores do PSDB, Floriano Pesaro.
Não está descartada por dirigentes da sigla a possibilidade de realizar a convenção sem acordo. Ficaria para a executiva municipal a decisão, até o dia 30, fim do prazo legal. Serra também poderá ter a sua candidatura homologada sem que tenha definido seu vice. Ao menos quatro nomes estão no páreo — Alexandre Schneider (PSD), Rodrigo Garcia (DEM), Eduardo Jorge (PV) e Andrea Matarazzo (PSDB).
A previsão de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feirae, do caso da distribuição do Fundo Partidário ao PSD — e automaticamente o direito ou não a tempo no horário eleitoral deste ano — está sendo aguardado pela campanha de Serra para tomar uma decisão. Se o STF decidir a favor do PSD, crescem as chances de Kassab emplacar o vice do tucano.  

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