terça-feira, 15 de maio de 2012

ECONOMIA: Dólar sobe e se mantém próximo de R$ 2; Bolsa abre em queda



De OGLOBO.COM.BR

Incertezas ainda persistem na Europa com indefinição política na Grécia
SÃO PAULO - O dólar comercial mantém sua trajetória de valorização frente ao real nesta terça-feira. Por volta de 9h55m, a moeda americana subia 0,30%, sendo cotada a R$ 1,9970 na venda e R$ 1,9950 na compra. Na segunda, o dólar comercial rompeu a barreira psicológica de R$ 2,00, mas recuou no fechamento e encerrou com alta de 1,73% cotado a R$ 1,9900 na venda e R$ 1,9880. Foi o maior valor desde 10 de julho de 2009, quando o dólar fechou a R$ 2,002. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em queda na contramão dos mercados externos, que dão uma trégua no pessimismo nesta manhã. Às 10h11m, o Ibovespa caía 0,30% aos 57.366 pontos.

Na segunda, o dólar turismo fechou negociado a R$ 2,13 para venda e R$ 1,91 na compra, com alta de 2,89%. De acordo com cálculos da agência Bloomberg, o real foi a moeda que mais se desvalorizou frente ao dólar nesta segunda-feira, num grupo de 16 moedas acompanhadas pela agência.
Na Europa, as Bolsas sobem. A notícia de que o PIB da Alemanha cresceu 0,5% no primeiro trimestre, acima dos 0,1% esperados pelo mercado animou os investidores. O crescimento da economia alemão evitou que a zona do euro entrasse em recessão nos três primeiros meses do ano. A Comissão Europeia prevê que a economia nos 17 países que utilizam o euro cresça apenas 0,3% este ano. O índice Dax, da Bolsa de Frankfurt, sobe 0,45%. O Cac, da Bolsa de Paris, sobe 0,63%; o FTSE, do pregão de Londres, ganha 0,09% e o Eurostoxx, que reúne as principais blue chips da Europa, avança 0,45%. Apenas o Ibex, da Bolsa de Madri, opera no negativo com perda de 0,31%.
Mas as incertezas na Europa persistem. Na Grécia, o impasse para a formação de um governo de coalização persistem. Já é dada como certa a realização de novas eleições em junho. Também os especialistas debatem se seria melhor o país deixar a zona do euro. Uma ala defende a permanência da grécia no bloco. Isso manteria o fluxo do pacote de ajuda para Atenas, evitando um calote nos títulos públicos. Se a Grécia abandonar o euro, é provável que a a ajuda financeira cesse e o país dê um 'calote' nos títulos da dívida pública.
- A saída da Grécia da zona do euro assusta os mercados porque é um evento novo. Não se sabe como a União Europeia vai reagir. Se o pacote de ajuda cessar, um calote dos títulos gregos é certo. E bancos que detêm esses títulos podem mergulahr numa crise - avalia Raphael Martello, economista da consultoria Tendências.
A Grécia decidiu pagar uma dívida de 450 milhões de euros que vence hoje e que ficou fora do acordo de troca de bônus promovido pelo país em março. Um calote num momento de instabilidade poderia provocar uma reação de pânico.
Na França, o novo presidente François Hollande tomou posse e viaja a Berlim para discutir as medidas de austeridade da região com a primiera-ministra Angela Merkel. Hollande, um socialista, defendeu em sua campanha ampliação do gasto público para a retomada do crescimento econômico

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |