quinta-feira, 11 de agosto de 2011

MUNDO: Ações de bancos franceses continuam a pesar na Europa

Do ESTADÃO.COM.BR

Danielle Chaves, Hélio Barboza e Ricardo Criez, da Agêncai Estado

Na Ásia, os mercados acionários fecharam em direções contrárias; Bolsa de Tóquio voltou a recuar
TÓQUIO - As bolsas europeias devolveram boa parte dos ganhos do começo dos dia e se renderam à volatilidade que tem marcado os últimos pregões. Os receios com um enfraquecimento da economia global estão novamente em foco e as ações de bancos - especialmente os franceses - lideram as quedas.
Às 7h30 (de Brasília), Société Générale caía 5,12% em Paris e Intesa Sanpaolo recuava 2,30% em Milão. As ações de alguns bancos chegaram a ser suspensas na bolsa italiana - não em razão de grandes altas ou quedas, mas sim por causa da forte volatilidade.
No mesmo horário, Paris caía 0,52% e Milão subia 0,19%, enquanto Londres avançava 0,62% e Frankfurt ganhava 0,76%.
No Japão, a Bolsa de Tóquio fechou em queda, pois outra forte liquidação nas bolsas na quarta-feira e as preocupações renovadas sobre os problemas da dívida europeia prejudicaram as ações de seguradoras, como a Dai-ichi Life, e os investidores buscaram proteção em papéis ligados à demanda doméstica, como os da varejista Fast Retailing. O índice Nikkei 225 caiu 56,80 pontos, ou 0,6%, e fechou aos 8.981,94 pontos.
O mercado abriu com uma liquidação punitiva, em seguida às acentuadas perdas que se registraram nas bolsas dos EUA e da Europa, na esteira do ressurgimento das preocupações com a dívida europeia, que também puxou para baixo a cotação do euro diante do iene. Porém, a bolsa japonesa conseguiu alguma sustentação com a alta surpreendente do núcleo das encomendas de maquinário em junho, de 7,7% sobre o mês anterior - o maior aumento desde agosto do ano passado.
A despeito do iene persistentemente valorizado, o sentimento positivo, especialmente em relação aos setores domésticos e seus sólidos fundamentos corporativos, ajudou o Nikkei a recuperar grande parte das perdas iniciais. "Os investidores estão transferindo o dinheiro para áreas domésticas, como alimentos, vestuário e papel; eles não estão saindo totalmente da Bolsa porque, até agora, o Japão ainda está a caminho de uma recuperação no segundo semestre e muitas ações parecem baratas", disse um analista.
Demais mercados
Após três dias de intensas turbulências, as Bolsas da Ásia mantiveram a volatilidade, principalmente por conta da baixa em Wall Street. Os mercados, porém, reagiram durante a evolução dos pregões, reduziram as perdas, mas não apresentaram uma tendência definida.
A Bolsa de Hong Kong seguiu o embalo negativo de Wall Street e reagiu ainda aos temores sobre a crise de débito europeia. O índice Hang Seng caiu 188,53 pontos, ou 0,95%, e encerrou aos 19.595,14 pontos - nas últimas quatro sessões, o índice acumulou queda de 6,4%. As blue chips HSBC e Tencent lideraram o declínio, com baixa de 2,9% e 4,7%, respectivamente.
Já na China, as Bolsas fecharam novamente no campo positivo, estimuladas pelas notícias de que o Fundo Nacional de Seguridade Social comprou US$ 1,56 bilhão em ações, desde terça-feira, para dar suporte ao mercado. O índice Xangai Composto subiu 1,3% e terminou aos 2.581,51 pontos, após cair 1,7% na sessão da manhã devido às perdas nos mercados norte-americanos. O índice Shenzhen Composto ganhou 1,8% e encerrou aos 1.147,17 pontos. As corretoras estiveram entre os principais ganhadores do dia. Founder Securities atingiu a alta limite diária de 10%. Northeast Securities adicionou 4,1%.
O yuan teve nova valorização histórica em relação ao dólar, após o Banco Central chinês fixar a taxa de paridade central dólar-yuan em novo patamar recorde (de 6,4167 yuans para 6,3991 yuans) pelo terceiro dia consecutivo - segundo analistas, isso indica que Pequim poderá acelerar a valorização do câmbio para conter a inflação. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,3945 yuans, de 6,4181 yuans ontem - a moeda chinesa já se valorizou 3,1% este ano e 6,8% desde junho de 2010 em relação à unidade dos EUA.
As informações são da Dow Jones.

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