quarta-feira, 10 de agosto de 2011

ECONOMIA: Bovespa tem dia de queda após recuperação de ontem

De O Globo, com agências (economia@oglobo.com.br)
SÃO PAULO - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a cair de forma mais consistente nesta quarta-feira, conforme os mercados estrangeiros despencavam, após um dia de forte recuperação. Por volta de 12h50m, o Ibovespa, índice de referência do mercado, caía 1,49%, aos 50.390 pontos. O retrocesso ocorre após o melhor pregão desde 29 de outubro de 2009, obtido com a alta de 5,10% desta terça-feira, aos 51.148 pontos. Foi o primeiro pregão de alta após o tombo de 8,08%, aos 48.668 pontos, na segunda-feira negra dos mercados - maior queda desde 22 de outubro de 2008 e menor patamar desde 30 de abril de 2009.
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No mercado de câmbio, o dólar comercial inverteu a queda perto de 12h e passou a subir. A moeda americana ganhava 0,06%, negociada a R$ 1,627 na venda e a R$ 1,625 na compra. Mercados americanos e europeus
Desde que a agência de classificação de risco Standard and Poor's (S&P) rebaixou em um nível o rating do crédito dos Estados Unidos, do grau máximo "AAA", para "AA", os temores só aumentaram de que países da Europa em dificuldades fiscais venham a perder também a nota "AAA".
Segundo o site CNN Money, apesar de as maiores agências de rating terem reiterado a nota "AAA" da França, "existe preocupação crescente que a França venha a ser rebaixada", disse Tom Schrader, diretor-gerente do Stifel Nicolaus. "Existe medo de que a S&P venha a fazer algo estúpido".
Em reação aos temores, o governo francês anunciou no fim da manhã desta quarta-feira que o país vai tomar no dia 24 de agosto medidas necessárias para que seus objetivos de redução do déficit público sejam atingidos qualquer que seja a evolução da situação econômica, segundo o jornal francês "Les Echos".
Na bolsa de Paris, o setor bancário tinha as maiores baixas. Os papéis da Société Générale chegaram a perder mais de 20% de seu valor, e sofria particularmente enquanto a Grécia anunciava que pretende expandir seu programa de troca de títulos, para incluir títulos de mais longo prazo, o que atingiria em primeiro lugar os credores privados.
As bolsas americanas despencavam, em mais um dia de fortes perdas. Por volta de 12h45, Dow Jones despencava 3,87%, S&P 500 perdia 3,70% e Nasdaq retrocedia 3,23%. Após a divulgação da decisão do Banco Central americano (Federal Reserve, o Fed), Wall Street fechou na terça-feira no melhor pregão desde 23 de março de 2009, com altas de 3,98% em Dow Jones, 5,29% em Nasdaq e 4,74% no S&P 500.
As bolsas europeias sofriam ainda mais, depois da recuperação de terça-feira. Por volta de 12h30, a Bolsa de Frankfurt despencava 5,03% no índice Dax. No mesmo horário, o Euro Stoxx 50, barômetro das 50 ações mais negociados da zona do euro, derretia 5,80%. Em Londres, o FTSE 100 recuava 3,00%. Em Paris, o CAC 40 tombava 5,23%. As perdas eram fortes na Espanha e na Itália neste pregão. Em Madri, o IBEX 35 recuava 5,01%. Em Milão, o FTSE MIB desabava 5,96%. Cena brasileira
Entre as chamadas blue chips, as ações mais negociadas da bolsa, Petrobras PN perdia 0,73%, negociada a R$ 19,01, Vale PNA caía 1,71%, a R$ 37,74, e OGX Petróleo ON perdia 2,12%, a R$ 10,14.
De qualquer forma, a situação da economia global segue no foco. Após a notícia de que o banco central suíço voltou a intervir no câmbio para frear a forte apreciação da moeda doméstica, os agentes receberam a informação de que o presidente francês Nicolas Sarkozy marcou reunião de emergência com os ministros e o presidente o Banco Central da França para discutir o ambiente financeiro e econômico.
A percepção no mercado é de que a França corre risco de perder a classificação "AAA", a melhor nota de crédito, como aconteceu com os Estados Unidos. A agência de classificação de risco Standard & Poor's, entretanto, negou possível rebaixamento. Ásia
As bolsas de valores asiáticas se recuperaram nesta quarta-feira, após as fortes perdas recentes.
Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 1,05%. O índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão avançou 1,65%.
O mercado de ações da Austrália ganhou 2,64%. As commodities, como o petróleo e os metais industriais, também subiram, pois sua demanda é relacionada ao crescimento econômico.
Houve certa tranquilização da parte da China nesta quarta, com a divulgação de que o crescimento das exportações acelerou em julho, acima das previsões. No mês passado, o saldo comercial chinês atingiu seu maior nível em mais de dois anos, ao marcar superávit de US$ 31,5 bilhões, ante os US$ 22,27 bilhões de junho.
O índice de Seul, o Kospi, subiu 0,27%. O mercado se valorizou 2,34% em Hong Kong, pelo índice Hang Seng, e a bolsa de Taiwan avançou 3,25%, enquanto o índice referencial de Xangai ganhou 0,91%. Cingapura encerrou em baixa de 2,18% no índice FTSE Straits Times.

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