quarta-feira, 10 de junho de 2015

ECONOMIA: Inflação acumulada em 12 meses atinge 8,47%, e é a maior desde 2003

FOLHA.COM
BRUNO VILLAS BÔAS, DO RIO DE JANEIRO

Cristina Cabral - 25.out.2011/O Popular/Folhapress 
Energia teve preços ajustados em 58,47% em 12 meses e pressiona a inflação

A inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA, teve aceleração em maio, e chega a 8,47% em 12 meses.
É a maior taxa desde dezembro de 2003 (9,3%), patamar que já havia sido atingido no mês anterior.
"O avanço é basicamente por causa de preços administrados e, por dentro, da energia elétrica, embora tenha contribuição dos alimentos" (leia mais abaixo), diz Eulina Santos, coordenadora de índice de preços do IBGE.
A instituição divulgou os dados nesta quarta-feira (10).
Quando considerado apenas o mês de maio, a alta foi de 0,74%, acima da apresentada em abril (0,71%).
O valor é alto para o mês – o maior desde maio de 2008 (0,79%), quando os alimentos pressionaram a inflação brasileira.
Naquele período, a economia brasileira sofria os efeitos da crise decorrentes das incertezas de um primeiro governo Lula.
As projeções superam a expectativa de analistas do mercado consultados pela agência internacional Bloomberg, que projetavam o IPCA em 0,59% em maio e de 8,30% em 12 meses.
Nos cinco primeiros meses do ano, inflação acumulou alta de 5,34%, a taxa mais alta desde maio de 2003 (6,80%).
ENERGIA ELÉTRICA SOBE 58,47% EM 12 MESES
A energia elétrica, um dos principais itens da despesa das famílias brasileiras, voltou a ser a grande vilã da inflação em maio, ao lado dos alimentos.
O preço da energia elétrica avançou 2,77% no mês e foi responsável por 0,11 ponto percentual do índice para o período.
O aumento da tarifa de energia chegou a superar 10% em regiões metropolitanas como Recife (12,20%), Salvador (12,07%) e Vitória (10,38%) no mês.
No acumulado do ano, os consumidores pagam agora 41,94% a mais pelo uso da energia. Em 12 meses, o aumento chega a 58,47%.
Além da energia elétrica, o avanço dos preços dos alimentos e bebidas acelerou de 0,97% em abril para 1,37% em maio.
O tomate é mais uma vez um dos destaques, com alta de 21,38% no mês e avariação acumulada de 80,42% no ano. O preço da cebola dobrou no ano (100,45%).
Somente um dos grupos pesquisados pelo IBGE teve queda de preços no mês: os transportes, com baixa de 0,29%.
ALTAS NA SELIC AINDA NÃO SURTIRAM EFEITO
No início de junho, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros Selic para 13,75% ao ano, o maior nível desde janeiro de 2009.
Naquele ano, o BC iniciava um processo de corte da taxa básica de juros para reanimar a economia diante dos efeitos da quebra do banco Lehman Brothers.
Apesar disso, economistas consultados pelo BC só aumentaram nas últimas oito semanas a previsão de inflação para 2015. A taxa prevista atualmente é de 8,46%.

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