segunda-feira, 8 de junho de 2015

ECONOMIA: Dólar cai 1,29%, maior queda em mais de 3 semanas, e fecha a R$ 3,11

Do UOL, em São Paulo

O dólar comercial fechou em queda de 1,29% nesta segunda-feira (8), cotado a R$ 3,11 na venda. 
É a maior queda percentual diária desde 14 de maio, quando o dólar havia caído 1,51%. É também o menor valor de fechamento desde do dia 25 do mês passado, quando a moeda encerrou a sessão valendo R$ 3,098. 
Na sexta-feira (5), o dólar havia subido 0,51%, mas acumulou desvalorização de 1,15% na semana passada.
Cenário internacional
A queda do dólar refletiu o quadro de maior tranquilidade no exterior.
Mais cedo, a agência de notícias Bloomberg News citou uma autoridade francesa dizendo que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, teria dito aos países do G7 que o dólar forte seria um problema. A Casa Branca negou a declaração.
"Apesar da negativa, o impacto sobre o mercado de câmbio persiste, porque a recuperação da economia dos EUA é o tema mais importante na agenda dos investidores", disse o estrategista de câmbio para a América Latina do Scotiabank, Eduardo Suarez, à agência de notícias Reuters.
O fortalecimento do dólar tende a encarecer produtos norte-americanos para seus parceiros comerciais, atrapalhando a retomada da maior economia do mundo. Esse tema ganha ainda mais relevância em um momento em que o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) avalia os indicadores econômicos para decidir quando deve começar a elevar os juros no país.
Juros mais altos lá preocupam investidores brasileiros, pois poderia atrair para os EUA recursos atualmente investidos aqui.
Cenário nacional
No Brasil, investidores aguardam a divulgação, na quinta-feira, da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Na última reunião, o Banco central elevou a Selic (taxa básica de juros) a 13,75% ao ano.
"Quanto mais sobem os juros, mais atrativo fica o país para estrangeiro e parece que a Selic não vai parar de subir tão cedo", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca, à Reuters.
Contribuíam também para o alívio do câmbio no mercado interno declarações da presidente Dilma Rousseff em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" defendendo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, poucos dias antes do Congresso do PT, que promete reservar pesadas críticas ao ministro. 
Atuação do BC no câmbio
No Brasil, o BC vendeu a oferta total de até 7.000 swaps cambiais (contratos equivalentes à venda futura de dólares) em leilão para rolar parte dos contratos que vencem em julho. 
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
(Com Reuters)

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