terça-feira, 13 de maio de 2014

POLÍTICA: ‘PT é página virada’, diz ministro Dias Toffoli antes de assumir o TSE

De OGLOBO.COM.BR

Ministro, que foi advogado de Lula, disse que não lhe causa constrangimento comandar o tribunal
O ministro Dias Toffoli - Gustavo Miranda/21-6-2012 / Agência O Globo
BRASÍLIA - O ministro Dias Toffoli, que assume nesta terça-feira a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que sua ligação com o PT é “página virada”. Toffoli foi advogado do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva nas campanhas de 2002 e de 2006, e já defendeu o petista no tribunal. Segundo o ministro, ter sido advogado do partido não lhe causa constrangimento para comandar uma eleição presidencial.
- De maneira nenhuma. Desde minha indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF) e minha aprovação no Senado eu virei a página. Eu hoje sou juiz, desde 2009 eu sou juiz, e meu compromisso é com a Constituição - afirmou em entrevista à rádio CBN, destacando também que teve aprovação de dois terços dos senadores, inclusive da oposição.
A escolha do presidente do TSE é feita de forma burocrática. Com o fim do mandato do ministro Marco Aurélio Mello, a vaga é dada automaticamente ao ministro mais antigo da Corte que ainda não tenha ocupado o cargo.
Na entrevista, Toffoli disse que o TSE vai analisar a prestação de contas dos partidos e que, se houve irregularidade sobre a utilização de verbas do fundo partidário para pagar a defesa de réus do mensalão, isso será analisado pelo tribunal.
- Se houve a utilização de recursos do fundo para alguma atividade, que não a atividade exclusivamente partidária, haveria irregularidade - disse o ministro, completando: - O tribunal em momento oportuno vai julgar e decidir.
Toffoli também comentou sobre a reportagem de hoje do GLOBO, que revela que PT, PSDB e PSB juntos estimam gastar R$ 500 milhões, a maior parte com doações de empresas. Toffoli disse ser favorável à doação mista como novo modelo de financiamento de campanha, dividindo entre parte pública e pessoa física.
- Ele (o cidadão) vai se sentir mais comprometido a cobrar, a criticar e a participar da democracia. Eu sempre lembro que essa questão de financiamento, não é financiamento de partido ou de campanha, é financiamento da democracia. Quem financia a democracia hoje são grandes setores econômicos, não a cidadania - afirmou.

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