quarta-feira, 7 de maio de 2014

ECONOMIA: Governo ‘forçou a barra’ para fechar as contas em 2012, reconhece Mantega

Do ESTADAO.COM.BR
Laís Alegretti, da Agência Estado

'Foi um ano que economia cresceu pouco e a arrecadação caiu, e aí pra fazer resultado fiscal tem que cortar gasto e fazer ginástica', afirmou o ministro

BRASÍLIA - Durante entrevista veiculada pela TV Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu que o governo federal "forçou um pouco a barra" no fim de 2012 para fechar as contas públicas. "Foi um ano que economia cresceu pouco e a arrecadação caiu, e aí pra fazer resultado fiscal tem que cortar gasto e fazer ginástica. Aí tivemos que pegar o fundo soberano e forçamos um pouco a barra nesse sentido e ele fez suas críticas", afirmou, em referência ao economista Delfim Netto.
Mantega destacou que, depois desse episódio, houve um esforço do governo para que "nada pudesse dar a entender que estivesse fazendo a chamada contabilidade criativa". "Tornamos tudo o mais transparente possível, nunca houve fiscalização como há hoje", defendeu o ministro, alegando que quando Delfim Netto estava no governo não era da mesma forma.
Crescimento. Mantega afirmou que a principal diferença no cenário econômico entre o início do governo Dilma Rousseff e o último ano do mandato dela é a expectativa em relação à economia internacional. "A diferença daquela época para agora é que nossa perspectiva é de melhora da economia internacional e naquela época era de piora", afirmou durante entrevista veiculada pela TV Brasil. O ministro voltou a afirmar que, nos próximos dois ou três anos, deve ocorrer novo ciclo de expansão da economia mundial.
Na entrevista, Mantega destacou que o governo federal estimulou o crescimento do crédito para investimentos no País. "O investimento cresce justamente porque tem crédito. Para consumo, por outro lado, não tem crédito", disse.
Mantega negou, ainda, que o governo trabalhe atualmente para estimular o aumento do crédito para consumo, ao mesmo tempo em que o Banco Central aumenta as taxas de juros para frear o avanço da inflação. "Nós temos apoiado o Banco Central na sua política monetária. Ela é necessária porque o mal maior de uma economia é a inflação. Não podemos brincar com inflação", disse.

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |