Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL
Para o eleitor de um modo geral a eleição é
essencialmente municipal, mas para muitos partidos e políticos as urnas de
outubro tem outros significados e outro alcance, para o bem e para o mal. Vamos,
nas próximas colunas, avaliar a situação de cada um deles. Começamos hoje com a
presidente Dilma. A presidente está nesse jogo numa espécie de "ganha-ganha". A
não ser que a combalida oposição consiga um desempenho de bom tamanho,
principalmente nas capitais e nas grandes cidades, Dilma será a grande vencedora
das urnas de outubro, com a enfiada de partidos aliados que tem em torno de seu
governo. Onde houver um governista eleito, o troféu será dela.
Eleições : o que está em jogo para Dilma II
Seu grande risco é uma derrota em BH, capaz de
ofuscar o grande sucesso mais do que previsível, onde se meteu para derrubar ao
mesmo tempo Eduardo Campos e Aécio Neves. Se meter, por pressões dos aliados, em
algumas outras cumbucas, tipo São Paulo e Recife, pode ficar com respingos de
uma derrota. Outra situação problemática que terá de administrar será a
insatisfação de alguns aliados, que tenderão a jogar parte de prováveis derrotas
no alheamento presidencial. De todo modo é quem está mais à vontade na eleição.
Até porque poder ver-se livre de alguns aliados incômodos em derrotas para as
quais nem sonha nem torce, mas para que seriam bem-vindas. Só em sonhos seus
aliados mais fiéis admitirão algumas derrotas específicas dos petistas e dos
peemedebistas, somados aos fracassos do PSB, derrotas estas que lavariam a alma
presidencial, transformando-a, sem contraste, na mais forte figura da política
brasileira. Um governo vitorioso sem uma grande figura vitoriosa em seu campo é
um governo sem mais sombras. O único desafio passaria então a ser a economia,
única capaz de dar algum fôlego à oposição e/ou a companheiros de jornada.
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