segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ECONOMIA: Ibovespa mantém forte alta e volta aos 56 mil pontos

De O GLOBO.COM.BR
João Sorima Neto
Dólar recua nesta segunda e está sendo cotado a R$ 1,857 para a venda
SÃO PAULO -O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, opera com forte valorização, nesta segunda, seguindo os pregões europeus. Às 17h10m, o indicador operava com valorização de 2,45% aos 56.238 pontos. O dólar comercial opera em queda nesta segunda-feira. No mesmo horário, a moeda americana tinha desvalorização de 1,77%, sendo cotada a R$ 1,853 na venda.
A queda do dólar está associada, segundo operadores do mercado, a um movimento de rolagem de contratos de câmbio no mercado futuro. O vencimento desses papéis acontece no próximo dia 1 de dezembro. A Ptax, taxa que serve de referência para a liquidação de diversos contratos cambiais, encerrou a segunda-feira a R$ 1,8596, baixa de 1,80% sobre a cotação de sexta-feira.
- O mercado de renda variável começa positivo nesta semana, no Brasil e na Europa, muito mais devido a parâmetros técnicos, ou seja, uma série de ações baratas, do que a algum fator muito positivo na Europa - diz relatório da Cruzeiro do Sul corretora.
Na Europa, as bolsas sobem em ritmo forte após agências de notícias informarem que pode ocorrer um aumento no poder de fogo do Fundo Europeu de Estabilidade. O acordo teria sido costurado entre França e Alemanha no fim de semana. O anúncio seria feito após a reunião de ministros de economia da zona do euro, marcada para esta terça-feira. Há esperança ainda de que sejam anunciadas novas medidas para estancar o déficit e retomar o crescimento econômico dos 17 países integrantes da zona do euro. Além disso, Alemanha e França estudam medidas mais radicais para integração fiscal dos países.
Por isso, as bolsas de Frankfurt e Madri tiveram alta de mais de 4% nesta segunda. Paris subiu 5,4% e Londres, 2,8%. Foi a maior alta destes pregões desde outubro. Operadores de mercado também atribuem a euforia ao início da temporada de vendas nos EUA. Para os investidores, as vendas da Black Friday, liquidação realizada na última sexta-feira nos EUA, mostraram que os consumidores estão deixando o pior da crise para trás. Eles gastaram um valor recorde de US$ 11,4 bilhões durante o fim de semana, 7% a mais do que no ano passado, segundo dados divulgados nesta segunda.. As bolsas americanas também sobem emabladas pela notícia. No início desta tarde, o Dow Jones ganhava 2,70%, e o Nasdaq registrava alta de 3,35%.
- Além disso, existe a expectativa de uma ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Itália. Seria uma linha de crédito entre 400 e 600 bilhões de euros. Isso ajuda a animar os mercados. Mas a avaliação é que pouco mudou, na prática, na Europa. Ainda são esperadas medidas mais concretas para países como Grécia, Portugal e Espanha que estão com déficits muito elevados. Por isso, não se espera que as Bolsas tenha uma retomada de alta consistente - diz o economista Fausto Gouveia, da Legan Asset, em São Paulo.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou que o fundo não recebeu nenhum pedido de socorro financeiro da Itália e que não está estudando nenhum empréstimo para Itália ou Espanha. Ela disse que a solução para a Europa tem que ser mais abrangente.
Nem mesmo algumas notícias negativas estão tirando o ânimo dos investidores. O Deutsche Bank divulgou uma previsão mais pessimista sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012. O banco informou que prevê que o PIB alemão cresça 0,4% e não mais 0,5% no ano que vem. Segundo o banco, a boa notícia é que, se a perspectiva econômica piora, o mais provável é que o Banco Central Europeu (BCE) "terá de tomar medidas mais agressivas para lidar com um mecanismo de transmissão monetária comprometida e os riscos de deterioração crescente para a estabilidade de preços".
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou nesta segunda previsões mais sombrias sobre o mercado de trabalho na Espanha. Segundo a OCDE, o desemprego deve piorar com a crise da dívida na zona do euro. Em 2012, a taxa deverá atingir 23% e só haverá uma ligeira melhora em 2013. Isso será consequência de uma contração da atividade econômica, como consequência da debilidade do mercado global e do impacto da crise sobre a confiança dos investidores para financiar o país.
A agência Moody's Investors Service também alertou que a escalada da crise soberana da zona do euro ameaça a posição de crédito de todos os títulos soberanos europeus. A instituição destacou que, sem medidas para estabilizar as condições do mercado no curto prazo, o risco de crédito vai continuar aumentando. Bélgica e Itália voltaram a pagara juro alto para rolar seus títulos de dez anos, nesta segunda. Para os papéis da Bélgica, o mercado exigiu juro de 5,8% e para a Itália, pelos papéis de doze anos, o juro foi de 7,02%.
Nesta semana, o fato mais esperado no mercado interno é a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve baixar a taxa de juro em 0,5%, segundo estimativa do mercado. As taxas dos principais contratos de juros futuros registraram queda nessa segunda-feira, em sua maioria, com o mercado repercutindo as expectativas para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).
Na Ásia, a Bolsa de Tóquio fechou em alta de 1,6% nesta segunda-feira. Pesou a favor o desempenho acima do mercado de ações das exportadoras Toyota Motor e Honda Motor, beneficiadas por um iene mais fraco.

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