sexta-feira, 4 de setembro de 2009

SAÚDE: Paraná possui a maior taxa de mortalidade por gripe suína do Brasil

Do UOL Notícias

Guilherme Balza

A taxa de mortalidade por gripe suína no Paraná é a maior entre os Estados brasileiros e é superior a qualquer país do mundo. No total, foram registrados no Estado - que possui 10.686.247 habitantes - 209 óbitos em razão de complicações decorrentes do vírus H1N1, o que representa uma taxa de mortalidade de 1,95 pessoas para um grupo de 100 mil habitantes.
UF Taxa de mortalidade Mortes
PR 1,95 209
RS 1,03 109
SC 0,71 42
SP 0,65 261
RJ 0,39 64
MS 0,25 6
RR 0,23 1
AC 0,14 1
MG 0,11 24
DF 0,07 2
MT 0,06 2
RO 0,06 1
AM 0,05 2
ES 0,05 2
PB 0,05 2
GO 0,03 2
RN 0,03 1
PA 0,02 2
BA 0,006 1
Brasil 0,35 687
*Dados do Ministério da Saúde e Secretarias Estaduais relativos a balanços divulgados até 4/9.
De acordo com o diretor-geral da Secretaria de Saúde do Paraná, André Pegorer, a taxa elevada se deve ao fato de o Estado ter uma capacidade maior de identificar e notificar os casos de gripe suína. "Nós somos o Estado com o maior número de exames realizados, maior capacidade de investigação e notificação dos casos", diz.
Segundo Pegorer, o Paraná foi o primeiro Estado a receber autorização do Ministério da Saúde para processar os exames laboratoriais, em meados de julho. "Todos os casos suspeitos aqui são analisados no nosso laboratório, e não em outros Estados. Atualizamos os dados da doença de forma imediata, o que não acontece em outros locais", afirma.
Depois do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina possuem as maiores taxas de mortalidade, com 1,03 e 0,71 mortes para cada 100 mil habitantes, respectivamente. Os países com as maiores taxas são a Argentina (1,15), o Chile (0,76), Costa Rica (0,72), Austrália (0,72) e Paraguai (0,64), de acordo com dados do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, órgão da União Europeia.
Até o mês de julho, a referência utilizada por Estados e pela Federação era a taxa de letalidade, calculada com base nos óbitos e nos casos confirmados de gripe suína. No entanto, após recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde), a referência passou a ser a taxa de mortalidade, que considera não os casos da doença, mas os censos e estimativas populacionais.
A mudança de paradigma ocorreu em razão da multiplicação dos casos da gripe, o que dificultaria o cálculo atualizado da taxa de letalidade.
Segundo informações do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais de Saúde, 709 pessoas já morreram no Brasil pela nova gripe. A taxa de mortalidade pela doença no país é de 0,34 mortes/100 mil habitantes. Juntas, as regiões Sul e Sudeste concentram cerca de 95% das mortes contabilizadas.
Os únicos Estados que não registraram mortes pela nova gripe são Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins e Amapá.

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