quinta-feira, 3 de setembro de 2009

POLÍTICA: PT se esconde de Aécio enquanto Wagner emite sinais de novo jogo

Do POLÍTICA LIVRE

De uma grosseria sem precedentes - pelo menos na Bahia - a ausência de ao menos um representante do PT na solenidade em que a Assembléia Legislativa do Estado concedeu hoje à tarde o título de Cidadão Baiano ao mineiro Aécio Neves (PSDB), um governador de Estado.
Se não queria aportar com sua bancada inteira num evento de marca “demo-tucano”, justificadamente, o PT poderia, no caso de impedimento de seu líder na Casa, ter delegado a um dos seus parlamentares a tarefa de representar institucionalmente o partido no evento.
Preferiu, entretanto, esconder-se, numa atitude sem significado ou significância, demostrando uma lamentável falta de educação política. Os argumentos, usados a posteriori, como desculpa esfarrapada, de que o ex-governador Waldir Pires cumprira esse papel também são uma mentira.
Waldir ali estava por conta de sua relação pessoal com Aécio. O baiano foi ministro da Previdência por escolha do avô do tucano, o presidente Tancredo Neves, que morreu antes de tomar posse, mas deixou seu nome registrado como opção para o ministério.
Neste episódio, em particular, o governador Jaques Wagner está desculpado. Antes da solenidade, fez questão de receber o colega na Governadoria para uma conversa, embora amena, também de trabalho. Wagner cancelou sua participação no evento, confirmada no dia anterior, com apenas 20 minutos de antecedência, sem deter-se em justificativas. Não desejava.
Foi o suficiente para que a ausência fosse, primeiro, questionada para depois ser analisada como uma tentativa, ao final bem-sucedida, de evitar um encontro com o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), o primeiro que teriam na Bahia - já que em Brasília andaram se avistando esta semana - desde que romperam, há cerca de um mês.
Dado o cenário político baiano da atualidade, o PT mostrou, com sua atitude mesquinha de boicote a Aécio, que é pequeno e - o que é pior - parece tão condicionado a práticas do passado que não vê o que a sociedade, independentemente de simpatias, espera dele como partido.
Já o governador Jaques Wagner - a deduzir-se como corretas as interpretações deliberadamente difundidas por seus seguidores em seguida ao evento de hoje - está a sugerir que começa a tomar gosto em manipular simbolismos que só o poder permite.

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