quarta-feira, 2 de setembro de 2009

POLÍTICA: Novo secretário terá de superar divergência com PT

Da TRIBUNA DA BAHIA

Fernanda Chagas
O PDT baiano, indo na contramão de todos os rumores, no que diz respeito a indicação do novo secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), apostou no critério técnico, jogando um banho literal de “água fria” nos sonhos em torno do nome do ex-prefeito de Irecê e ex-deputado federal, Beto Lélis. Quem assumirá o posto será o professor da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal da Bahia, Eduardo Ramos. A posse está prevista para acontecer já amanhã, em local e horário a serem confirmados.
O detalhe, entretanto, fica por conta da posição política de Ramos. Segundo circula nos bastidores, o pedetista é tido como um ferrenho adversário do partido do governador Jaques Wagner. Ele, que também é presidente do diretório pedetista de Cruz das Almas, é inimigo político declarado do prefeito petista do município, Orlando Peixoto, desde o último pleito eleitoral.
Na ocasião, o partido chegou a lançar como candidata à prefeitura a ex-vereadora Margarida. Desde lá, a cúpula se dizia desiludida com a forma petista de governar. “Nas movimentações contrárias aos aumentos exorbitantes do IPTU 2009, por exemplo, o PDT de Cruz das Almas se manifestou duramente contra as ações do prefeito”, declarou fonte que preferiu não se identificar.
Além da Secti, o PDT indicará nomes para a Fapesb, Ibametro, CBPM, Promo, Agerba e mais duas diretorias na Ebal. No entanto, conforme o presidente estadual da legenda Alexandre Brust, que segundo rumores pode vir a assumir a CBPM, a orientação da presidência nacional da sigla é que não sejam anunciados de forma antecipada, até que, de fato, o martelo seja batido pelo governador Jaques Wagner (PT). “No caso de Ramos, não sabemos como a informação vazou, mas quanto aos outros manteremos sigilo, até que um sinal nos seja dado”.
Além dos espaços dados como certos no governo estadual, o PDT deve ganhar reforço de peso nos próximos dias. Até esta sexta-feira, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (sem partido), deverá anunciar a sua filiação ao PDT ou ao PSB, da deputada Lídice da Mata. As apostas, levando em consideração que Nilo está sendo cobiçado para ser vice de Wagner, giram em torno do PDT.
A única dificuldade seria o desejo de Nilo em levar mais outros três deputados para as fileiras pedetistas: Paulo Câmera (PTB), João Bonfim (sem partido) e Emério Resedá (PSDB). Com isso, o PDT passaria de três para sete deputados, o que dificultaria a reeleição dos que já estão na legenda. “Se ficarmos com sete deputados agora, muito possivelmente só vamos conseguir eleger dois deputados nas eleições de 2010. Sem contar que essa quantidade poderia inviabilizar uma coligação na proporcional”, avaliou o deputado Roberto Carlos. Ele acredita, entretanto, que Nilo vai de fato se filiar ao PDT. “O deputado Marcelo Nilo é muito bem vindo, mas acho que a entrada de mais três parlamentares na legenda não seria uma boa”, afirmou. Atualmente, o PDT na Assembleia Legislativa conta com os deputados Roberto Carlos, Euclides Fernandes e Jurandir Oliveira (que ainda está para se filiar ao partido).

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