quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

ECONOMIA: Com fluxo de recursos, dólar cai 0,35% e fecha a R$ 3,332

OGLOBO.COM.BR
POR ANA PAULA RIBEIRO

No mercado acionário, Bolsa encerra pregão com leve alta de 0,11%

- Akos Stiller / Bloomberg

SÃO PAULO - Com entrada de recursos no país e um ambiente favorável externo, o dólar comercial fechou em queda nesta quarta-feira. A moeda americana recuou 0,35% ante o real, encerrando os negócios cotada a R$ 3,332. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), terminou os negócios com leve alta de 0,11%, aos 57.646 pontos.
No exterior, o "dollar index", calculado pela Bloomberg, mostrava que a divisa americana perdia 0,26% pouco antes do fechamento do mercado no Brasil. No entanto, o principal fator para o dólar perder valor internamente foi o fluxo de recursos com destino ao Brasil, o que minimizou a derrota do governo na votação do pacote de ajuda aos estados e a desvalorização do preço do petróleo no mercado internacional.
— A sessão foi pontuada pelo continuado fluxo de ingresso de recursos no país. Nem mesmo a nova derrota do Planalto no episódio relativo a composição das dívidas dos Estados, aprovado pela Câmara com o apoio de aliados do Planalto, foi capaz de estressar o mercado cambial na sessão de hoje — avaliou Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora de Câmbio.
No final da tarde de ontem, a Câmara dos Deputados aprovou ajuda aos estados, mas sem as contrapartidas que haviam sido negociadas como Ministério da Fazenda, o que foi interpretado como uma derrota do governo.
BOLSA PERDE FORÇA
A Bolsa registrou um volume de negócios de cerca de R$ 5,5 bilhões, abaixo da média diária de mais de R$ 9 bilhões em novembro e de R$ 7,3 bilhões. A tendência é que assim permaneça até o início de janeiro. Na avaliação de Pedro Galdi, analista ad UpSide Investor, é natural um movimento mais fraco no final do ano, ainda mais após a forte valorização do mercado acionário local em 2016.
— Estamos no final do ano e entramos em uma fase meio morna para os negócios. É natural esse enfraquecimento do mercado acionário —disse.
A Petrobras iniciou o pregão com ganhos, mas passou a cair acompanhando o preço do petróleo no mercado internacional - o Brent recuava 1,54%, a US$ 54,50. A queda é consequência da divulgação de alta de mais de 2 milhões de barril nos estoques americanos, enquanto era esperada uma queda. Os preferenciais da estatal (PN, sem direito a voto) fecharam com leve variação negativa de 0,06%, cotados a R$ 14,34, e os ordinários (ONs, com direito a voto) recuaram 0,54%, a R$ 16,55.
No caso da Vale, a queda foi de 0,82% nas PNs e de 0,37% nos ONs. Os bancos também passaram para o terreno negativo. As preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco tiveram recuos de 0,03% e 0,84%. No caso do Banco do Brasil, o papel ficou estável ao final do pregão. Pela manhã, Meirelles afirmou que se em um mês as administradoras de cartões não reduzirem os juros cobrados dos clientes, o Conselho Monetário Nacional (CMN) irá estipular um prazo mais curto para que essas empresas repassem os recursos as lojistas que fizeram as vendas, que hoje estão em torno de 30 dias. Os grandes bancos são os maiores emissores de cartões.
A Braskem, que oficializou seu acordo de leniência com autoridades de três países (Brasil, Estados Unidos e Suíça), registrou alta de 3,26% em suas ações. Outra alta significativa do pregão foi a da CCR, que viu suas ações subirem 3,93%.
Foi divulgado o IPCA-15 do mês. A inflação caiu para 0,19%, abaixo do esperado. No entanto, analistas da Yield Capital lembram que a inflação de serviços segue em alta. “Os números absolutos vieram mais uma vez melhores que o esperado, mostrando uma inflação mensal em patamares bons, mas quando abrimos o número no entanto vemos uma persistência na inflação de serviços (0,60% ante 0,42% no mês passado)”, ressaltaram.

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