sexta-feira, 21 de outubro de 2016

LAVA-JATO: Mulher de Cunha visita ex-deputado na carceragem da PF

Do UOL, em Curitiba
Janaina Garcia

Janaina Garcia/UOL
A jornalista Claudia Cruz deixa a sede da Polícia Federal, em Curitiba, ao lado de um dos advogados do marido, o ex-deputado Eduardo Cunha

A jornalista Claudia Cruz, mulher do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), visitou o marido na carceragem da Polícia Federal em Curitiba na manhã desta sexta-feira (21). Cunha está preso no local desde a tarde de quarta-feira.
Claudia saiu acompanhada do advogado Marlus Arns, que, ontem, disse na sede da PF, aos jornalistas, que nenhum parente de Cunha o visitaria em Curitiba a fim de poupá-los - o preso e os familiares - de desgaste com eventuais protestos. Na ocasião, Arns justificou que "os ânimos na sociedade estavam exaltados".
Claudia saiu sem falar com a imprensa. De roupa preta, óculos escuros e cabelos tingidos em um tom mais escuro, usando um coque, passou incólume pela recepção e pela entrada da PF, sem ser identificada por populares.
Ao saírem, ela e o advogado entraram em um carro branco com placas de Curitiba, sede do escritório de Arns, um dos três que atendem Cunha - os outros dois escritórios são do Rio e de Brasília.
Pelas regras da PF, a visita semanal de presos só pode ser feita às quartas-feiras em horário comercial, ou seja, das 8h às 18h. Questionada sobre a visita da jornalista hoje, a assessoria de imprensa da instituição informou que, "pelo fato de ele [Cunha] ter chegado na quarta-feira em condições especiais e específicas, ou seja, no final da tarde, sem possibilidade de recebimento de visita", o encontro foi liberado.
Cunha chegou à Superintendência da PF na capital paranaense, na quarta-feira às 17h30.
O advogado disse ontem que entraria com pedido de habeas corpus no TRF-4 (Tribunal Regional Federal), em Porto Alegre, ainda hoje. Na saída com a jornalista ele não confirmou; a assessoria do escritório, contudo, informou que essa previsão, por ora, continua valendo.
A suposta não visita de Claudia ao marido é a segunda declaração da defesa de Cunha que cai por terra horas depois de o advogado se pronunciar.
Também ontem, o advogado havia dito que o ex-deputado não teria feito nenhum pedido especial, por exemplo, em relação à alimentação - de modo que sua primeira refeição, na quarta, foi a mesma marmita servida aos demais presos: arroz, feijão e frango.
Cunha está preso na mesma ala onde fica outro réu da operação Lava Jato, o ex-ministro Antônio Palocci. Além deles, estão na carceragem, em ala separada, nomes como o empresário Marcelo Odebrecht, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e o doleiro Alberto Yousseff.

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