quarta-feira, 25 de novembro de 2015

POLÍTICA: Wellington Fagundes, do PR, é o novo líder do governo

OGLOBO.COM.BR
POR ILIMAR FRANCO

dELCIDIO aMARAL | aÍLTON DE fREITAS

O vice-líder do governo no Senado, Wellington Fagundes (PR-MT), deve assumir o lugar de Delcídio Amaral (PT-MS), preso hoje por determinação do ministro Teori Zavaski. Delcídio foi detido pela Polícia Federal preso por tentativa de obstruir o trabalho do juiz Sérgio Moro e a investigação da Operação Lava-Jato.
A escolha de Wellington foi um dos resultados da reunião, no Planalto, entre os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretário de Governo) e Edinho Silva (Secretário de Comunicação). 
Reação do PT
A bancada petista no Senado levantou-se contra a escolha de Wellington Fagundes. Querem que um petista substitua Delcídio. Argumentam que a liderança deveria ser ocupada pelo também vice-líder, Paulo Rocha (PT-PA). A rebelião começou quando o Planalto se comunicava com os líderes partidários do Senado. Por isso, de acordo com um ministro palaciano, será feita uma negociação durante o dia até que seja oficialmente anunciado quem responderá interinamente pela liderança do governo.
QUEM É DELCÍCIO
Além da política, o senador Delcídio tem uma longa carreira nas áreas de energia elétrica e petróleo. Participou da construção e montagem da Usina de Tucuruí, no Pará. Foi diretor da Eletrosul em 1991, responsável pelo planejamento energético da região sul.
Em março de 1994 ocupou a secretaria executiva do Ministério das Minas e Energia, onde permaneceu até setembro. No final do governo Itamar Franco foi ministro de Minas e Energia, de setembro de 1994 a janeiro de 1995.
Foi filiado ao PSDB de 1998 a 2001. Fez parte da diretoria de Gás e Energia da Petrobrás durante o Escândalo do apagão, a crise de energia de 2000/2001. No governo de Fernando Henrique Cardoso.
Apoiado pelo então governador do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, elegeu-se ao Senado em 2002. Em 2005 ganhou projeção nacional ao presidir a CPMI dos Correios que apurou o mensalão. A CPI resultou na cassação, conondenação e prisão de José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno.
Disputou o governo de Mato Grosso do Sul em 2006, mas foi derrotado já no primeiro turno para André Puccinelli. No mês de agosto do ano de 2009, o senador Delcídio Amaral votou pelo arquivamento das ações contra o ex-presidente José Sarney, numa reunião do Conselho de Ética, sendo esta uma determinação de seu partido, o PT.
Em 2014 lançou-se a candidato ao governo de Mato Grosso do Sul. Acabou derrotado em segundo turno, por Reinaldo Azambuja. Em abril de 2015, foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff como líder do governo no Senado e no Congresso Nacional.

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