quarta-feira, 15 de abril de 2015

COMENTÁRIO: Garoto propaganda de Dilma em 2010 foi indicado por ela para ministro do Supremo Tribunal Federal

Por Ricardo Noblat - OGLOBO.COM
Blog do NOBLAT

O jurista Luiz Edson Fachin (Foto: Gazeta do Povo)
Depois de oito meses de indefinição, Dilma Rousseff indicou para a vaga do ex-ministro Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF) um jurista que já foi garoto propaganda de sua candidatura à presidência da República em 2010.
O nome dele é Luiz Edson Fachin, advogado, catedrático de Direito Civil pela Universidade Federal do Paraná e professor visitante do King’s College, na Inglaterra.
- O advogado Luiz Edson Fachin cumpre todos os requisitos necessários para o exercício do mais elevado cargo da magistratura do país - diz nota da Secretaria de Imprensa da Presidência da República.
Em ato montado para ser filmado e depois inserido nos programas de propaganda de Dilma no rádio e na televisão, Fachin lê um manifesto assinado por juristas onde pede votos para a candidata à sucessão do presidente Lula.
Ele é conhecido por suas estreitas ligações com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Sem Terra (MST).
Contava com o apoio do PT do Paraná. Seu maior cabo eleitoral, porém, foi Ricardo Lewandowski, presidente do STF.
Lewandowski chegou ao STF por indicação inicial de dona Marisa Letícia, mulher de Lula. Ele é amigo da família dela.
O nome de Fachin será submetido à aprovação do Senado. Ali, senadores paranaenses de partidos da oposição ao governo saíram em defesa dele. Todos se apressaram em louvar sua sabedoria.
Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, prometeu a Dilma trabalhar pela aprovação do nome de Fachin.
Em 2013, Roberto Gurgel, então Procurador Geral da República, denunciou Renan ao STF por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso.
Renan é acusado de ter comprado notas frias para provar que tinha renda suficiente em 2007 para arcar com a pensão de um filho que teve fora do casamento.
O relator do caso no STF é Lewandowski, que até agora não disse se acolhe a denúncia.
Se tiver seu nome aprovado pelo Senado, caberá a Fachin herdar o caso.

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