quarta-feira, 15 de abril de 2015

CASO PETROBRAS: PT diz que, por questões práticas e legais, Vaccari solicitou seu afastamento da tesouraria

ESTADAO.COM.BR
JOSÉ ROBERTO CASTRO, RICARDO GALHARDO, VALMAR HUPSEL FILHO - O ESTADO DE S. PAULO

Tesoureiro foi preso na manhã desta quarta-feira, 15, em nova fase da Operação Lava Jato
São Paulo - O presidente do PT, Rui Falcão, informou há pouco, em nota, que o tesoureiro João Vaccari Neto, preso na manhã desta quarta-feira pela Polícia Federal, "solicitou seu afastamento" do cargo "por questões de ordem práticas e legais". Apesar do afastamento, a nota assinada por Rui mantém o discurso de "confiança na inocência de João Vaccari Neto", apontado por investigações da PF como operador de propina do PT no esquema de desvio de dinheiro da Petrobrás.
O PT vai decidir o nome do substituto do tesoureiro João Vaccari Neto em reunião da executiva do partido nesta quinta-feira, 16, e homologá-lo um dia depois, nesta sexta-feira, 17.
"Reafirmamos nossa confiança na inocência de João Vaccari Neto, não só pela sua conduta à frente da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento, mas também porque, sob a égide do Estado Democrático de Direito, prevalece o princípio fundamental de que todos são inocentes até prova em contrário", afirma Rui.
O presidente do partido classifica ainda como "injustificada" e "desnecessária" a prisão de Vaccari e informa que os advogados do tesoureiro estão apresentando um pedido de habeas corpus.
O ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa afirmou em depoimentos à Justiça Federal que o tesoureiro do PT era o "operador" do PT em diretorias da estatal controladas pelo partido e o responsável por intermediar parte do esquema de arrecadação na companhia petrolífera. O ex-gerente da estatal Pedro Barusco disse que Vaccari Neto arrecadou, de 2003 a 2013, até US$ 200 milhões em propinas na Petrobrás para o PT. Foi preso nesta quarta-feira (15)
A decisão foi divulgada poucas horas depois de terminado o encontro que selou o destino do tesoureiro, entre Falcão e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após o acerto com Lula, a nota foi redigida em uma reunião entre Rui Falcão, o secretário de Comunicação José Américo Dias e o secretário-geral do partido, Romênio Pereira.
Leia a íntegra da nota oficial da presidência do PT:
"O Partido dos Trabalhadores manifesta-se a respeito da desnecessária detenção, na data de hoje, do Secretário de Finanças e Planejamento, João Vaccari Neto, nos seguintes termos:
1 - A detenção de João Vaccari Neto é injustificada visto que, desde o início das investigações, ele sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento que lhe fosse solicitado. Convocado, prestou depoimento na Delegacia da Polícia Federal de São Paulo, em 5 de fevereiro desse ano. Além disso, na CPI da Petrobras, respondeu a todas as questões formuladas pelos parlamentares.
2 - Reafirmamos nossa confiança na inocência de João Vaccari Neto, não só pela sua conduta à frente da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento, mas também porque, sob a égide do Estado Democrático de Direito, prevalece o princípio fundamental de que todos são inocentes até prova em contrário.
3 - Os advogados que cuidam da defesa de João Vaccari Neto estão apresentando um pedido de habeas corpus para que sua liberdade ocorra no prazo mais curto possível.
4 - Informamos ainda que, por questões de ordem práticas e legais, João Vaccari Neto solicitou seu afastamento da Secretaria de Finanças e Planejamento do PT.
5 - O Partido dos Trabalhadores expressa sua solidariedade a João Vaccari Neto e sua família, confiando que a verdade prevalecerá no final.
Rui Falcão
Presidente Nacional do PT"

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