quarta-feira, 28 de maio de 2014

GREVE: Com acordo em Salvador, greves de ônibus seguem em 3 capitais

Do UOL, em Maceió

Quatro capitais do país enfrentaram paralisações de ônibus nesta quarta-feira (28). Florianópolis, Salvador e São Luís tiveram uma manhã de problemas, com 2,6 milhões de pessoas afetadas. No Rio de Janeiro, a greve não teve grande adesão e pelo menos 80% dos ônibus circulam.
No início da tarde, os rodoviários da capital baiana aceitaram a proposta de 9% de aumento no salário, além de outros benefícios, e puseram fim à greve, que já durava três dias. A paralisação afetou toda a região metropolitana e 1,5 milhão de pessoas. Apenas 200 ônibus --menos de 10% da frota-- saíam das garagens, escoltados por policiais militares
A proposta aceita hoje foi similar à feita pelos empresários e acordada com integrantes do Sindicato dos Rodoviários da Bahia na segunda-feira. Dissidentes, porém, haviam dado início à greve.
"Estamos ligando para as empresas para que a vida da cidade volte ao normal o quanto antes. Faço convocação para os motoristas que voltem para as garagens. Vamos tentar colocar 100% dos ônibus nas ruas", afirmou Fábio Mota, secretário municipal de Transportes e Urbanismo.
Protestos e greves pelo Brasil
26.mai.2014 - Policiais fazem guarda em garagem de ônibus para garantir a circulação de motoristas que quiseram trabalhar em dia de greve de rodoviários em Salvador, na Bahia. A Justiça determinou o bloqueio da conta bancária do sindicato por descumprimento de decisão de manter 70% da frota nas ruas nos horários de pico Leia mais Edson Ruiz/Coofiav/Estadão Conteúdo
Florianópolis
Na Grande Florianópolis, a greve atingiu 400 mil usuários do sistema. A paralisação foi decidida em assembleia nessa terça-feira (27) e deve durar até a meia-noite. Nenhum ônibus está circulando na cidade.
A prefeitura montou um esquema de transporte de emergência com 200 vans em duas grandes linhas nos sentido norte-centro e centro-sul. Os preços das passagens do plano emergencial variam entre R$ 5 e R$ 7 --a passagem de ônibus normal custa R$ 2,75 (com cartão eletrônico) e R$ 2,90 a dinheiro. Usuários, porém, reclamam de abusos em algumas vans, com tarifas de R$10. 
A greve é uma reação contra a suposta demissão de 350 cobradores. De acordo com o sindicato da categoria, as saídas ocorreriam por causa do sistema de catracas eletrônicas, implantado na cidade em 2001.
São Luís
São Luís entrou no segundo dia sem ônibus nas ruas, e os terminais e pontos de ônibus estão vazios. Quem precisa usar o transporte coletivo tem de escolher entre vans, táxis de lotação e mototáxis.
Segundo a SMTT (Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito), 700 mil pessoas por dia estão prejudicadas com a paralisação dos ônibus. Rodoviários e empresários devem se reunir novamente na tarde desta quarta-feira. No encontro realizado na noite dessa terça-feira (27), os empresários se mantiveram irredutíveis e o SET (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros) não apresentou nenhuma proposta.
O Sindicato dos Rodoviários pede o reajuste de 16% nos salários dos trabalhadores do setor, aumento do valor do vale-alimentação para R$ 500, inclusão de um dependente no plano de saúde, implantação do plano odontológico e redução da carga horária de 7h20/dia para 6h/dia. Porém, na reunião ocorrida nessa terça-feira, os sindicalistas baixaram o valor reivindicando para 11%.
Os empresários alegam que só podem atender aos pedidos dos rodoviários se o valor da passagem aumentar de R$ 2,10 para R$ 2,70. A prefeitura recusa a ideia. Pela internet, um grupo promete protestar caso haja o reajuste e já conta com 10 mil pessoas.
Com a paralisação de 100% da frota, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) informou que vai cobrar do sindicato da categoria o valor da multa por descumprimento de manter 70% da frota de R$ 4.000 por hora.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, a paralisação de 24 horas de motoristas e cobradores tem baixa adesão. Segundo estimativa do secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, cerca de 80% dos ônibus circulam pela capital fluminense. Já o Rio Ônibus, sindicato das empresas, estima que 90% da frota está circulando sem problemas. 
Essa é a terceira vez que os motoristas paralisam o serviço na cidade em um mês, e a decisão foi tomada na noite de terça, em uma assembleia com 150 pessoas. Eles reivindicam aumento salarial de 40% (e não os 10% acordados entre o sindicato da categoria e as empresas de ônibus), o fim da dupla função e reajuste no valor da cesta básica –de R$ 150 para R$ 400.

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |