quinta-feira, 29 de maio de 2014

COMENTÁRIO: Radicalização em marcha mira a Copa e as eleições

Por Pedro Simon* - JB.COM.BR

Não é só a Copa, tem ainda a eleição a animar os corações e mentes dos brasileiros. Em tempos como esse, em que estão mesclados os ânimos exaltados pela militância eleitoral e uma grande frustração popular diante do desperdício com o lazer caro e inacessível à maioria, somada ainda a crônica má qualidade dos serviços públicos, especialmente a saúde e o transporte coletivo, bastam fagulhas para alimentar a caldeira.
Diante de um cenário em que se abrem generosos espaços para o exercício do radicalismo, governistas e partidos de oposição têm uma oportunidade para firmarem compromissos de mudanças no modelo político, econômico e social vigente que dá sinais de estar esgotado. A pauta de reivindicações contempla muitos setores e as manifestações não encontraram ainda um tema ou discurso que as unifique. Mas, o sistema político não ignora o que o povo quer, embora pouco ou nada tenha sido feito para atender o que as ruas pedem.
O quadro não parece favorável para a prática da tolerância, mas a realidade e seus possíveis desdobramentos recomendam um entendimento entre o governo e os partidos de oposição para tentar evitar o agravamento do clima de insatisfação e violência generalizado. A radicalização crescente acena com um futuro muito ruim para o país. Por isso, o apelo aos candidatos à presidência da República para um debate nacional. O Brasil frequenta as manchetes negativas no mundo inteiro e está na hora de construir um clima de paz.

*Pedro Simon é senador pelo PMDB-RS.

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