sexta-feira, 10 de maio de 2013

ECONOMIA: Emprego na indústria recua 1% no trimestre e tem 6º período seguido de queda

Da FOLHA.COM
MARIANA SALLOWICZ, DO RIO

O emprego na indústria apresentou queda de 1% no primeiro trimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2012, informou nesta sexta-feira o IBGE.
Trata-se do sexto trimestre consecutivo de resultados negativos, mas com uma ligeira redução no ritmo de queda frente ao registrado no último trimestre do ano passado (-1,2%). O resultado ocorre diante de uma queda de 0,5% na produção industrial durante os três primeiros meses do ano.
Na comparação entre março e o mesmo mês de 2012, houve retração de 0,6%, o 18º resultado negativo nesse tipo de confronto, mas o menos intenso desde janeiro do ano passado (-0,4%).
"O emprego está refletindo a dificuldade que a indústria tem enfrentado para aumentar a produção diante de um cenário externo desaquecido, o que demanda menos exportações, e o aumento da concorrência com os importados", afirma o economista do IBGE Fernando Abritta.
Já na passagem de fevereiro para março teve alta de 0,2% na série livre de influências sazonais. O resultado foi o primeiro positivo do ano: em janeiro caiu 0,1% e em fevereiro ficou estável.
O emprego no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em março teve queda de 1,4%, próximo das marcas registradas em fevereiro (-1,5%) e janeiro (-1,4%).
Márcia Ribeiro - 22.jan.13/Folhapress 
Funcionária em linha da produção de indústria em SP; emprego industrial no Estado recuou 0,8% no trimestre
REGIÕES
No índice acumulado do primeiro trimestre, o emprego industrial teve taxas negativas em 10 das 14 regiões pesquisadas. Entre março e o mesmo mês de 2012, apresentou redução em nove regiões.
O maior impacto negativo no trimestre veio do Nordeste (-4,7%), seguido por Rio Grande do Sul (-3%) e São Paulo (-0,8%). Já a maior pressão positiva veio do Paraná (1,8%).
Por setor, as maiores quedas no emprego durante o primeiro trimestre vieram de vestuário (-6,4%), calçados e couros (-4,8%) e produtos têxteis (-5,2%). Tratam-se de setores que sofrem com a concorrência dos produtos importados.
Já as altas mais significativas ocorreram entre os setores de alimentos e bebidas (1,6%) e borracha e plástico (2,6%).
O número de horas pagas também ficou menor no trimestre ante mesmo período de 2012, com recuo de 1,7%, sendo as maiores retrações vindas mais uma vez de vestuários (-7,4%), calçados e couro (-7,4%) e produtos têxteis (-5,6%).
No sentido oposto, a principal contribuição positiva sobre o total do número de horas pagas aos trabalhadores da indústria veio de alimentos e bebidas (1,1%).
Por região, 13 dos 14 locais apresentaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 4,8% registrado no Nordeste, vindo a seguir as perdas verificadas em São Paulo (-1,3%) e Rio Grande do Sul (-4,3%). 
O valor da folha de pagamento nos primeiros três meses do ano avançou 1,9%, com taxas positivas em 11 dos 14 locais pesquisados. Em março ante o mesmo mês de 2012, houve expansão de 2,5%.

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