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Morreu nesta segunda-feira aos 94 anos o ex-primeiro-ministro da Itália Giulio Andreotti, que foi sete vezes chefe de governo do país. Senador vitalício desde 1991, ele havia se retirado da vida pública no ano passado após uma série de complicações cardíacas e respiratórias.
Filho de um professor de uma escola de ensino fundamental, entrou em 1937 para a organização de estudantes católicos, tendo defendido tese sobre o direito eclesiástico quando trabalhava na Biblioteca do Vaticano.
Luca Bruno - 8.dez.11/Associated Press
Giulio Andreotti, em foto de 2001; chefe de governo da Itália sete vezes, senador vitalício morre aos 94 anos
Parlamentar desde 1945, Andreotti foi um dos responsáveis pelo projeto da Constituição italiana feita após a Segunda Guerra Mundial e o regime de Benito Mussolini. Desde então, foi integrante do Parlamento de forma ininterrupta.
De 1947 a 1953, Andreotti foi secretário de Estado da presidência do Conselho no governo de Alcide De Gasperi. Ministro do Interior em 1954 no primeiro governo de Amintore Fanfani, ocupou depois as pastas das Finanças, do Tesouro, da Defesa e das Relações Exteriores
Sua primeira eleição para premiê foi em 1972, em um governo composto por democratas-cristãos que durou apenas nove dias. Reconduzido ao cargo, formou em seguida um governo de alianças. Em 1979, foi reeleito e acusado de matar um jornalista opositor, processo em que foi absolvido em 2002.
Membro do antigo Partido Democrata Cristão, o ex-primeiro-ministro foi chamado pelos aliados de "O Inoxidável" e pelos críticos de Belzebu, em referência ao seu comportamento culto e ao mesmo tempo irônico e por sua suposta associação com a Máfia.
Ele chegou a ser incluído entre os réus do julgamento de mafiosos da Cosa Nostra presos durante a Operação Mãos Limpas, na década de 1980, mas foi absolvido pelo Tribunal de Palermo em 2005. Andreotti sempre negou as acusações.
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