sexta-feira, 21 de junho de 2013

POLÍTICA: Em pronunciamento, Dilma diz que receberá prefeitos e governadores para discutir mobilidade urbana

Do UOL
Fernanda Calgaro

Em pronunciamento de dez minutos em cadeia nacional de rádio e televisão nesta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff afirmou que irá convidar governadores e prefeitos de todo país para "somar esforços" e discutir a melhoria dos serviços públicos. "Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos."
O pacto, segundo a presidente, terá três focos: um Plano Nacional de Mobilidade Urbana para privilegiar o transporte coletivo; a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação e trazer "de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde)".
O pronunciamento de hoje da presidente acontece após uma série de reuniões com ministros no Palácio do Planalto nesta sexta. A fala foi gravada durante a tarde e teve duração de 10 minutos. Ela condenou a violência "promovida por uma pequena minoria", que "envergonha o Brasil".
A mandatária afirmou ainda que o governo federal pretende elabora um Plano Nacional de Mobilidade Urbana para privilegiar o transporte coletivo.
Protestos
No início do pronunciamento, a presidente comentou a onda de protestos que levou, só ontem, mais de 1 milhão de pessoas às ruas do país. "Se aproveitarmos bem o impulso desta nova energia política, poderemos fazer, melhor e mais rápido, muita coisa que o Brasil ainda não conseguiu realizar por causa de limitações políticas e econômicas."
Dilma criticou, no entanto, a violência de "pequenas minorias" em alguns dos protestos. "Se deixarmos que a violência nos faça perder o rumo, estaremos não apenas desperdiçando uma grande oportunidade histórica, como também correndo o risco de colocar muita coisa a perder."
Ela pediu que os manifestantes façam seus protestos de maneira "pacífica e ordeira". "Os manifestantes têm o direito e a liberdade de questionar e criticar tudo. (...) Mas precisam fazer isso de forma pacífica e ordeira."
"O governo e a sociedade não podem aceitar que uma minoria violenta e autoritária destrua o patrimônio público e privado, ataque templos, incendeie carros, apedreje ônibus e tente levar o caos aos nossos principais centros urbanos", completou.
"Não podemos conviver com essa violência que envergonha o Brasil. Asseguro a vocês: vamos manter a ordem."
Copa do Mundo
A presidente também usou parte do pronunciamento para falar sobre a Copa do Mundo de 2014, um dos focos de protesto dos manifestantes.
"Em relação à Copa, quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com arenas, é fruto de financiamento que será devidamente pago pelas empresas e governos que estão explorando estes estádios."
"Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a saúde e a educação."
Ela pediu que os brasileiros sejam hospitaleiros com os visitantes que devem vir ao país para o evento. "Precisamos dar aos nossos povos irmãos a mesma acolhida generosa que recebemos deles. Respeito, carinho e alegria. É assim que devemos tratar os nossos hóspedes."
Nota e discurso
EM DISCURSO, DILMA ELOGIA MANIFESTANTES
Em discurso em cerimônia no Planalto na terça (18), a presidente disse que o Brasil "acordou mais forte" depois dos protestos
Além do pronunciamento de hoje, a presidente havia se manifestado em público outras duas vezes sobre os protestos.
A primeira foi em nota oficial na segunda-feira (17), em que disse apoiar as manifestações, desde que pacíficas.
Em seguida, na última terça (18), Dilma disse, em discurso lido em cerimônia no Palácio do Planalto, que o Brasil "acordou mais forte" depois dos protestos. elogiou os manifestantes, a polícia, por não ter cometido excessos, e fez um autoelogio ao seu governo, que, segundo a presidente, "está ouvindo essas vozes por mudanças".
No pronunciamento de hoje, Dilma repetiu trechos do discurso, como a parte em que falou que a sua geração batalhou muito pelo direito de se manifestar.
Dilma também voltou a dizer que seu governo está ouvindo a população. "Eu quero repetir que o meu governo está ouvindo as vozes democráticas que pedem mudança. Eu quero dizer a vocês que foram, pacificamente, às ruas: Eu estou ouvindo vocês! E não vou transigir com a violência e a arruaça. Será sempre em paz, com liberdade e democracia que vamos continuar construindo juntos este nosso grande país."

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