terça-feira, 18 de junho de 2013

ECONOMIA: Ver para crer - 1

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

A presidente Dilma Rousseff, diante do clima econômico existente, tem insistido que a inflação e as contas públicas estão sob controle. O ministro da Fazenda (e arauto do otimismo oficial) diz o mesmo e na semana passada garantiu que o governo entregará um superávit primário este ano de 2,3% do PIB. É o recado da busca da austeridade fiscal abandonada e da confiança perdida. Os agentes econômicos, porém, não estão comprando tais afirmações pelo valor de face. Até porque nas duas últimas semanas o governo tomou algumas decisões que vão na direção de mais gastos que de mais poupança. Relembrando : dinheiro do Tesouro para capitalização do BNDES e da Valec, recursos do Tesouro para a Caixa Econômica bancar subsídio do programa "Minha Casa Melhor", verbas para o BNDES antecipar ao Tesouro Nacional receitas futuras de Itaipu.

Ver para crer - 2
O discurso não bate com a prática e o mercado está esperando ver de fato para crer. Confiança não se conquista - ou se reconquista - apenas no gogó. É preciso também ações. O governo precisaria agir com vontade em três frentes para recobrar a confiança da sociedade que está se esvaindo :
1. Acertar sua vida política com o Congresso e com os aliados.
2. Ser mais firme na política econômica, especialmente na questão dos gastos públicos.
3. Mostrar mais eficiência gerencial e executiva.

Impressões que ficam
Observadas as últimas semanas, a imagem da Administração, no Brasil e no exterior sofreu revezes substantivos e levam a concisas conclusões :
1. O governo está perdendo a capacidade de iniciativa e liderança na agenda nacional;
2. O governo está cada vez mais refém da sua própria base aliada, mesmo que a oposição não lhe cause maiores percalços;
3. A imagem da presidente como "gerente eficiente" não passa de uma caricatura.
4. O Brasil não é mais estrela no cenário do mercado financeiro. Este lugar é dos EUA.

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