quarta-feira, 19 de junho de 2013

CIDADANIA: SP tem noite de caos, com ataque à Prefeitura, saques, 2 feridos e 47 presos

Do ESTADAO.COM.BR

Após roubos no centro, pichação do Teatro Municipal e depredação da Prefeitura, Tropa de Choque volta às ruas
SÃO PAULO - "Quebrar, quebrar é melhor pra se manifestar". O grito de guerra do grupo que tentou invadir a Prefeitura de São Paulo na noite de terça-feira, 18, ferindo dois guardas-civis municipais, marcou o sexto ato contra a tarifa de ônibus, que começou de forma pacífica e terminou com o retorno da Tropa de Choque à cena e pelo menos 47 presos.
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Márcio Fernandes/AE
Manifestação tinha 12 mil pessoas na Praça da Sé e acabou com 30 mil na Avenida Paulista
Cinco dias depois do protesto mais violento até agora, uma nova manifestação terminou, pela primeira vez, com lojas saqueadas no centro (pelo menos 20) e o Teatro Municipal pichado. Depois da concentração na Praça da Sé, os manifestantes se dividiram em dois grupos. O primeiro seguiu para a Avenida Paulista, novamente interditada. Até a meia-noite, o clima era de tranquilidade. Depois, um grupo de mascarados vindo do centro ateou fogo a um painel da Copa e atirou pedras na polícia.
Já no grupo que seguiu para o Viaduto do Chá a tensão era total: houve tentativa de arrombamento do Edifício Matarazzo (sede do governo municipal), vidraças foram quebradas e a fachada, pichada, sob gritos de "sem moralismo". Na sequência, o grupo colocou fogo em uma cabine da PM e em um furgão da Rede Record, por volta das 20h. Tudo isso a cerca de 150 metros da sede da Secretaria da Segurança Pública do Estado. Só após o vandalismo os bombeiros seguiram para o ponto atacado. Não havia PMs na área.
Uma das justificativas para a mudança de cenário é a atuação dos chamados Black Blocks, a "Tropa de Choque anarquista" do movimento. Irritado com a face "classe média" que o protesto começou a tomar, o grupo partiu para invasão, vandalismo e depredação. Já a demora de três horas para a reação policial foi considerada estratégica - a ação só ocorreu após determinação do governador Geraldo Alckmin, e quando havia certeza de ação criminosa.
Duas horas antes, enquanto o grupo de manifestantes atacava a sede de governo - com secretários municipais fechados em uma sala de situação -, o prefeito estava reunido com a presidente Dilma Rousseff e com o ex-presidente Lula, como revelou o Broadcast Político, primeiro serviço em tempo real dedicado exclusivamente à cobertura política. A ideia era buscar uma saída política. À noite, um grupo de manifestantes do Passe Livre decidiu protestar na frente da casa do prefeito, no Paraíso, zona sul.
Durante o dia, mais seis capitais do País anunciaram reduções no valor das tarifas, usando os benefícios da medida provisória do governo federal assinada no dia 31, que desonerou o setor. Ontem, voltaram a ocorrer atos em solidariedade aos paulistanos no Brasil e no exterior - em Londres, Barcelona, Copenhague, Sydney, Hamburgo, Berlim e Nova York.

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