segunda-feira, 17 de junho de 2013

CIDADANIA: Brasileiros protestam em Nova York, Berlim, Dublin e Montreal

De OGLOBO.COM.BR
ISABEL DE LUCA E BRUNO GÓES

Manifestantes reclamam de repressão aos atos no Brasil
Em Dublin: ‘Desculpe o transtorno, estamos construindo um novo Brasil’  - Facebook
RIO E NOVA YORK - Em sintonia com as últimas manifestações no país, brasileiros realizaram protestos no exterior neste domingo. Em Dublin, na Irlanda, manifestantes carregavam cartazes como “Desculpe o transtorno, nós estamos construindo um novo Brasil”; ou “Protesto não é crime, #vemprarua”. Segundo um dos organizadores do ato, participaram 2 mil pessoas. Em Berlim, na Alemanha, cerca de 300 pessoas também protestaram. “É por direitos, não por centavos”, dizia um cartaz. O ato também contou com a participação de turcos, que se uniram contra a reação da polícia às manifestações nos dois países. Em Montreal, no Canadá, manifestantes carregavam um grande cartaz, que dizia: ‘Democracia não tem fronteiras’. Debaixo de chuva, os brasileiros cantaram o hino nacional (Veja vídeo da manifestação). Já em Nova York, cerca de 100 pessoas se encontraram no Central Park.
Em Berlim, o protesto pacífico ocupou uma rua movimentada da cidade, a Kottbusser Damm, e a polícia acompanhou a movimentação. Os brasileiros gritaram palavras de ordem em apoio aos protestos de São Paulo, criticaram os gastos federais para a Copa do Mundo, e pediram mais recursos para a saúde e educação:
- Copa do Mundo, eu abro mão! Quero dinheiro pra saúde e educação! (Veja vídeo da manifestação).
Com humor, os manifestantes também criticaram a atuação da polícia em protestos. Os brasileiros se referiram ironicamente à prisão de um repórter na quinta-feira, em São Paulo. Ele foi detido por carregar uma pequena garrafa de vinagre. O líquido diminui a irritação causada por bombas de gás lacrimogênio.
- Ei, polícia, vinagre é uma delícia! - gritaram os manifestantes, que também entoram palavras de ordem contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Já em Dublin, o grupo começou a passeata pela movimentada O’Connell Street, passou pela via Grafton e chegou a Stephen’s Green, parque público no centro da cidade. Segundo o convite para a manifestação, os protestos “trataram sobre a democracia, sobre um governo que reprime sem ouvir e só funciona em cima de barganha política”.
- Vem, vem pra rua, vem! - (Veja vídeo da manifestação).
Durante a manifestação, sobraram críticas aos governos petistas:
- Nem Dilma e Lula lá! O Brasil tem que mudar!
Em Nova York, nos EUA, os brasileiros não tinham autorização da prefeitura para fazer a manifestação. Eles, então, não puderam continuar o protesto iniciado na tarde deste domingo. Com cartazes como "Primavera Brasileira", “O povo acordou”, e “Chega de pão e circo”, os manifestantes tiveram que empreender uma tática diferente: combinaram de ir ao show de Preta Gil, que ocorre por conta do Festival de Cinema Brasileiro, e soltar gritos de ordem após o fim da terceira música da apresentação.
Apesar de a maioria não ser fã da cantora, a ideia ganhou força entre um grupo basicamente de estudantes, grande parte de São Paulo.
Estudantes brasileiros residentes em outros países também estão organizando, por meio do Facebook, ao menos 30 atos de apoio às manifestações que ocorreram nos últimos dias em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os atos estão previstos para serem realizados em cidades da Europa, EUA, América Latina, Japão e Austrália.
Na página Democracia Não Tem Fronteiras - Brasileiros no Exterior são listadas manifestações em cidades como Paris, Madrid, Londres, Lisboa, Barcelona, Nova York, Cidade do México, Chicago, Tóquio e Sidney. A maioria dos atos está sendo marcada para o próximo dia 18, em horários variados.
"Somos brasileiros que vivem fora do Brasil, mas que continuam acreditando que o nosso país pode ser um lugar mais justo, mais seguro, mais humano. Somos italianos, portugueses, alemães, ingleses, europeus, americanos, somos gente de todo o mundo que apoia o povo brasileiro nessa luta! Somos gente que não consegue ficar parada com a desculpa de que 'estamos longe', e que sente a necessidade de se manifestar, de agir, de lutar", declara uma publicação fixada na principal página dos protestos, que lista mais de 4 mil participantes.

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