quarta-feira, 30 de maio de 2012

ECONOMIA: Dólar sobe e volta a operar cotado a R$ 2; Bolsa abre em queda


De OGLOBO.COM.BR

Com agências internacionais

Na Europa, Bolsa têm mais um dia de baixas provocadas pela situação da Espanha
SÃO PAULO -  O dólar  voltou  a  operar  cotado a R$ 2 nesta quarta-feira, com o aumento da aversão ao risco nos mercados internacionais.  Por  volta  de  10h16m,  a   moeda americana subia 1,05% sendo negociada a  R$ 2,005  na  compra  e  R$  2,007  na  venda.  O  Ibovespa, principal índice da Bolsa de  Valores de  São Paulo (Bovespa) segue a toada de pessimismo externo e abriu em forte queda. Às 10h15m,  o  índice   já  se desvalorizava 2,06%, regredindo ao patamar de 53.501 pontos.
Na terça, o dólar comercial encerrou um sequência de quatro quedas e fechou em alta de 0,15%, cotado a R$ 1,984 na compra e R$ 1,986 na venda. Na máxima do dia, a moeda americana voltou a ser negociada a R$ 2,001 e, na mínima, chegou a R$ 1,981. No mês, a moeda americana sobe 4,16% e, no ano, 6,31%.O Banco Central não atuou no mercado de câmbio nesta terça.
O mercado doméstico trabalha na expectativa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que termina nesta quarta, e deve reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juro, a Selic. Com isso, o país passará a ter juro de 8,5% ao ano.
Na Europa, as principais Bolsas operam em queda nesta quarta. O índice Ibex, da Bolsa de Masri, cai 0,91%; o Dax, da Bolsa de Frankfurt, perde 1,10%; o Cac, do pregão de Patis, se desvaloriza 1,45% e o FTSE, da Bolsa inglesa, recua 1,58%. Nos EUA, os índices acionários S&P 500 e Nasdaq Composto passaram a cair mais de 1% logo após a abertura. Há pouco, o S&P descia 1,12%, enquanto o Nasdaq recuava 1,27%. O Dow Jones perdia 0,95%.
Cresceram as preocupações com a situação dos bancos da Espanha e a capacidade do país de se refinanciar. O risco país subiu ao maior nível desde 1999 na terça.
- O juro dos papéis soberanos da Espanha, de dez anos, está em 6,65%. E para os papéis de 2 anos ficam acima de 5%. Essa situação está se refletindo nas Bolsas - escreve o economista Darwin Dib, da CM Capital Markets.
Jornais europeus informam nesta quarta que o Banco Central Europeu (BCE) rejeitou os planos do governo da Espanha de recapitalizar os grandes bancos, especialmente o Bankia, o terceiro maior banco do país. Na quarta, a agência de classificação de riscos Egan-Jones rebaixou o rating soberano da Espanha de BB- para B, atribuindo ao país grau de investimento especulativo. As três grandes agências de ratings - Standard & Poor's, Moodys e Fitch Ratings - ainda mantêm a nota do país em grau de investimento.
Nesta quarta, a Itália fez um leilão de títulos e pagou juro de 6,03% para os papéis de dez anos. patamar é considerado muito elevado. Para o economista da CM Capital Markets a Itália é a próxima pedra a cair nesse dominó.
- O alto juro exigido pelos títulos de alguns países da Europa, os coloca no rol de países de alto risco, onde antes estavam os ditos emergentes - afirma Jason Vieira, da corretora Cruzeiro do Sul.
A agência de notícias oficial da China, a "Xinhua", informou que a Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento do país rejeitou a ideia de adotar um pacote de estímulo econômico tão grande quanto o de 4 trilhões de iuanes (US$ 632 bilhões) lançado no início da crise financeira mundial. A notícia pesou no fechamento do mercado asiático e influencia os pregões dos Estados Unidos.

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