terça-feira, 29 de maio de 2012

ECONOMIA: Dólar sobe e opera a R$ 1,98; Bolsa abre pregão em alta



De OGLOBO.COM.BR

Na Europa, Bolsas sobem, com exceção de Madri, onde a situação dos bancos espanhóis causa preocupação

SÃO PAULO e NOVA YORK - Depois de iniciar operações em baixa nesta teça-feira, o dólar comercial inverteu o sinal e passou a operar em alta. Há pouco, a moeda americana subia 0,30%, cotada a R$ 1,987 na compra e R$ 1,989 na venda. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu a terça-feira em alta. Às 10h35m, o índice subia 0,56% aos 55.522 pontos.
Na segunda, com pouco volume de negócios no mercado de câmbio por causa feriado do Memorial Day nos Estados Unidos, o dólar se desvalorizou frente ao real pelo quarto dia consecutivo. A moeda americana fechou em queda de 0,60% cotada a R$ 1,981 na compra e R$ 1,983 na venda. Nos últimos dias, quando a moeda chegou a R$ 2,10, o Banco Central mudou de estratégia e passou a ofertar contratos de swap cambial, o que equivale vender moeda no mercado futuro. Segundo analistas, a pressão sobre o dólar vinha do mercado futuro com empresas à procura de hedge (proteção) contra a variação cambial.
- O BC atuou para estancar a volatilidade da moeda, que prejudica planos de empresas - disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.
Na Europa, as Bolsas operam em alta, com exceção do pregão de Madri, que se desvaloriza com preocupações crescentes sobre a situação dos bancos espanhóis. O índice Ibex, da Bolsa de Madri, perde 2,33%; o índice Dax, da Bolsa de Frankfurt, avança 0,78%; o Cac, de Paris, tem ganho de 0,63% e o FTSE, da Bolsa de Londres, se valoriza 0,28%.
O Ibex é puxado pela desvalorização de ações de bancos como o Bankia, Banco Popular Español e da produtora de petróleo Repsol. O Bankia precisará de 19 bilhões de euros de dinheiro público para sanear seus balanços. Para piorar a situação, indicadores da economia espanhola divulgados nesta terça vieram piores do que o esperado. Os gastos do consumidor e os investimentos em construções indicam que a queda no Produto Interno Bruto (PIB) vai continuar no segundo trimestre deste ano, repetindo o desempenho dos dois trimestres anteriores. O instituto nacional de estatísticas espanhol informou também que as vendas no varejo do país caíram 9,8% em abril, ante o mesmo mês do ano passado.
Mas o otimismo se sobrepõe à situação espanhola com as notícias positivas que vêm da China. O mercado repercute as informações de que governo da China adotará mais políticas para o estímulo da economia. Segundo o jornal China Times, foi aprovada uma série de grandes projetos, principalmente no setor de energia limpa. A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, principal instituição de planejamento econômico do país, aprovou mais de cem projetos somente no último dia 21 de maio, diz o jornal.
Além disso, na segunda-feira, o governo chinês assinou uma série de medidas permitindo que investidores privados participem as reestruturações de empresas estatais, com aportes de capital, compra de participação, aquisição de ações conversíveis e empréstimos. O ministro do Comércio da China, Chen Deming, afirmou também que o país se tornará o maior mercado consumidor do mundo em 2015. O volume das vendas no varejo deve ultrapassar ois US$ 5 trilhões, graças à aceleração da taxa de urbanização do país e ao aumento da renda das pessoas. As informações, segundo a agência de notícias oficial do país, a "Xinhua".
Na Ásia, as principais bolsas fecharam em alta, novamente puxadas por expectativas de que o governo da China adotará mais políticas para o estímulo da economia. Segundo um jornal chinês, a China aprovou mais de cem projetos de infraestrutura, especialmente de energia limpa. Na Bolsa de Hong Kong, o índice Hang Seng, fechou com alta de 1,35%, a 19.055,46 pontos, enquanto o Xangai Composto fechou com avanço de 1,20% a 2.389,64 pontos, na China. No Japão, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, avançou 0,74%, a 8.657,08 pontos.
Nos EUA, os preços de moradias para uma única família subiram em março. Foi o segundo avanço consecutivo. Para analistas, o indicador é sinal de estabilização no mercado imobiliário americano. De acordo com pesquisa da S&P/Case Shiller, o índice composto de 20 regiões metropolitanas avançou 0,1% em março, segundo dados ajustados sazonalmente. O número, apesar de melhor, veio abaixo das expectativas dos economistas, que esperavam alta de 0,2%. Em bases não ajustadas sazonalmente, o índice ficou inalterado.Os preços nas 20 cidades caíram 2,6% na base anual, uma melhora em relação ao declínio de 3,5% visto no mês anterior. Ainda assim, a maioria dos índices fechou o primeiro trimestre em novas mínimas pós-crise, segundo o relatório. Para o primeiro trimestre, os preços recuaram 2%, comparado ao declínio de 3,9% nos últimos 3 meses de 2011.

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |