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Na Europa, Bolsa têm mais um dia de baixas
provocadas pela situação da Espanha
SÃO PAULO - O dólar voltou a operar cotado a R$ 2 nesta quarta-feira, com o aumento da aversão ao risco nos mercados internacionais. Por volta de 10h16m, a moeda americana subia 1,05% sendo negociada a R$ 2,005 na compra e R$ 2,007 na venda. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) segue a toada de pessimismo externo e abriu em forte queda. Às 10h15m, o índice já se desvalorizava 2,06%, regredindo ao patamar de 53.501 pontos.
Com agências internacionais
SÃO PAULO - O dólar voltou a operar cotado a R$ 2 nesta quarta-feira, com o aumento da aversão ao risco nos mercados internacionais. Por volta de 10h16m, a moeda americana subia 1,05% sendo negociada a R$ 2,005 na compra e R$ 2,007 na venda. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) segue a toada de pessimismo externo e abriu em forte queda. Às 10h15m, o índice já se desvalorizava 2,06%, regredindo ao patamar de 53.501 pontos.
Na terça, o dólar comercial encerrou um sequência de quatro quedas e fechou
em alta de 0,15%, cotado a R$ 1,984 na compra e R$ 1,986 na venda. Na máxima do
dia, a moeda americana voltou a ser negociada a R$ 2,001 e, na mínima, chegou a
R$ 1,981. No mês, a moeda americana sobe 4,16% e, no ano, 6,31%.O Banco Central
não atuou no mercado de câmbio nesta terça.
O mercado doméstico trabalha na expectativa da reunião do Comitê de Política
Monetária (Copom), que termina nesta quarta, e deve reduzir em 0,5 ponto
percentual a taxa básica de juro, a Selic. Com isso, o país passará a ter juro
de 8,5% ao ano.
Na Europa, as principais Bolsas operam em queda nesta quarta. O índice Ibex,
da Bolsa de Masri, cai 0,91%; o Dax, da Bolsa de Frankfurt, perde 1,10%; o Cac,
do pregão de Patis, se desvaloriza 1,45% e o FTSE, da Bolsa inglesa, recua
1,58%. Nos EUA, os índices acionários S&P 500 e Nasdaq Composto passaram a
cair mais de 1% logo após a abertura. Há pouco, o S&P descia 1,12%, enquanto
o Nasdaq recuava 1,27%. O Dow Jones perdia 0,95%.
Cresceram as preocupações com a situação dos bancos da Espanha e a capacidade
do país de se refinanciar. O risco país subiu ao maior nível desde 1999 na
terça.
- O juro dos papéis soberanos da Espanha, de dez anos, está em 6,65%. E para
os papéis de 2 anos ficam acima de 5%. Essa situação está se refletindo nas
Bolsas - escreve o economista Darwin Dib, da CM Capital Markets.
Jornais europeus informam nesta quarta que o Banco Central Europeu (BCE)
rejeitou os planos do governo da Espanha de recapitalizar os grandes bancos,
especialmente o Bankia, o terceiro maior banco do país. Na quarta, a agência de
classificação de riscos Egan-Jones rebaixou o rating soberano da Espanha de BB-
para B, atribuindo ao país grau de investimento especulativo. As três grandes
agências de ratings - Standard & Poor's, Moodys e Fitch Ratings - ainda
mantêm a nota do país em grau de investimento.
Nesta quarta, a Itália fez um leilão de títulos e pagou juro de 6,03% para os
papéis de dez anos. patamar é considerado muito elevado. Para o economista da CM
Capital Markets a Itália é a próxima pedra a cair nesse dominó.
- O alto juro exigido pelos títulos de alguns países da Europa, os coloca no
rol de países de alto risco, onde antes estavam os ditos emergentes - afirma
Jason Vieira, da corretora Cruzeiro do Sul.
A agência de notícias oficial da China, a "Xinhua", informou que a Comissão
Nacional de Reforma e Desenvolvimento do país rejeitou a ideia de adotar um
pacote de estímulo econômico tão grande quanto o de 4 trilhões de iuanes (US$
632 bilhões) lançado no início da crise financeira mundial. A notícia pesou no
fechamento do mercado asiático e influencia os pregões dos Estados
Unidos.
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