quarta-feira, 24 de agosto de 2011

POESIA

Hino à razão

Antero de Quental

Razão, irmã do Amor e da justiça,
Mais uma vez escuta a minha prece.
É a voz dum coração que te apetece,
Duma alma livre, só a ti submissa.
Por ti é que a poeira movediça
De astros e sóis e mundos permanece;
E é por ti que a virtude prevalece,
E a flor do heroísmo medra e viça.
Por ti, na arena trágica, as nações
Buscam a liberdade, entre clarões;
E os que olham o futuro e cismam, mudos,
Por ti, podem sofrer e não se abatem,
Mãe de filhos robustos, que combatem
Tendo o teu nome escrito em seus escudos!

Antero de Quental (Ponta Delgada, Portugal, 18 de abril de 1842 - Ponta Delgada, 11 de setembro de 1891) - Poeta ligado à chamada "geração de 70" portuguesa, também foi ensaísta, fundou, em Lisboa, a Sociedade do Raio, que tinha o objetivo de renovar o país pela literatura. Formou também o Cenáculo, ao lado de Eça de Queiroz, Guerra Junqueiro e Ramalho Ortigão.


Do bog do NOBLAT

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