terça-feira, 23 de agosto de 2011

MERCADO FINANCEIRO: Dólar tem oscilação após declarações de Mantega

De O GLOBO.COM.BR

Valor Online

SÃO PAUL0 - O dólar registra acentuada volatilidade, oscilando entre altas e baixas, depois de passar a manhã em queda. O gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, Reginaldo Galhardo, atribui o movimento às declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que está na Comissão Econômica do Senado (CAE), falando sobre a crise mundial. Ele sinalizou que o governo seguirá atuando para conter a valorização do real e citou o mercado de derivativos.
"As declarações de Mantega deixaram o mercado cauteloso, diante da possibilidade de o governo agir novamente", diz Galhardo. "Os agentes ainda estão preocupados com a medida que tributou em 1% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) a variação da posição vendida dos investidores, porque não sabem como ela funcionará na prática", lembra.
Por volta das 12h30, o dólar comercial operava estável, a R$ 1,603 na compra e a R$ 1,605 na venda. Na mínima, foi a R$ 1,596, e, na máxima, chegou a R$ 1,608.
No mercado futuro, o contrato de setembro negociado na BMF tinha queda de 0,27%, a R$ 1,608.
No mercado de câmbio externo, o Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana ante seis divisas, tinha queda de 0,27%, aos 73,95 pontos.
O euro se fortalece em relação ao dólar, após o resultado do PMI Composto. A moeda comum europeia avançava 0,29% em relação à divisa americana, a US$ 1,439.
No mercado acionário, os principais índices das bolsas de valores americanas sobem mais de 1%. No mercado interno, porém, o índice Bovespa recuava 0,15%, aos 52.361 pontos.
O índice CRB, que mede o desempenho das commodities, subia 0,44%, aos 333,25 pontos, o que dá força às chamadas moedas commodities, caso do real e do dólar australiano.
O cenário de otimismo observado no exterior deve-se ao resultado do Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da China, uma medida da atividade industrial do país, que subiu de 49,3 em julho para 49,8 em agosto, de acordo com dados preliminares divulgados pelo HSBC. O dado consolidado deve ser anunciado em 1° de setembro. Havia rumores de que o índice havia recuado para 45, e por isso o número contribuiu para a alta de 1,52% registrada pelo principal índice da bolsa de Xangai.
Além disso, na zona do euro, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto, que mede a atividade do setor privado, ficou estável em 51,1 em agosto, na comparação mensal. Esse resultado foi visto como positivo, porque muitos economistas esperavam uma piora no indicador. Por sua vez, o PMI industrial cedeu de 50,4 em julho para 49,7 em agosto. Apesar da queda, o resultado veio melhor que o esperado.
Por fim, muitos investidores seguem com forte expectativa quanto ao discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, que acontecerá na sexta-feira. Eles acreditam na possibilidade de o governo dos Estados Unidos anunciar novas medidas de estímulo à economia.
Há pouco, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, divulgou que as compras e vendas de moeda estrangeira no mercado primário de câmbio geraram superávit de US$ 7,769 bilhões neste mês, até o dia 19.
Embora expressivo, o saldo é metade do registrado no mês de julho inteiro, quando a oferta de moeda superou a demanda em US$ 15,825 bilhões.
(Karin Sato Valor)

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