terça-feira, 16 de agosto de 2011

ECONOMIA: O Dilema de Dilma I

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL


Declarações formais ou "vazadas" da presidente Dilma demonstram que, para combater a atual crise, ainda não houve uma definição sobre a estratégia que seu governo adotará. Assim como nas principais economias, o "espaço fiscal" no momento é bem mais diminuto para não dizer que é inexistente. Portanto, a escolha por uma política monetária expansionista seria mais natural. Todavia, há dois problemas críticos no caminho da presidente : o primeiro é que inflação está alta e é preciso controlá-la. O segundo é que o governo caiu docemente na armadilha da valorização cambial. Se os juros caírem, o câmbio pode subir e mais inflação virá. Ainda mais com a chance (cada vez mais concreta) de que as commodities caiam, talvez despenquem. Por tudo isso, a saída mais recomendável para o Brasil, país relativamente saudável frente a um mundo complicado, é que a política fiscal seja fortalecida e os juros comecem a cair na direção de um patamar civilizado. Estamos falando de uma política fiscal de superávit fiscal bem acima dos atuais 2% previstos - algo como 4% seria o ideal. A presidente escolherá este caminho ?


O Dilema de Dilma II
As primeiras (e incompletas) declarações da presidente dão pistas de que a escolha dela será pela via fiscal. Os jornais já noticiam esta escolha. Todavia, a presidente, o Congresso e a sociedade terão de suportar as conseqüências : menor atividade econômica e projetos de investimento adiados. A vantagem desta escolha é que esta pavimenta um crescimento no futuro - o qual pode ser mais longo que o mandato de Dilma - mais seguro e consistente. A desvantagem é que não haverá bons frutos nas próximas eleições. Não é uma "escolha de Sofia". Na verdade é uma escolha de estadista. Avaliando as muitas variáveis que normalmente agem dentro de um governo, a probabilidade maior é que algo "médio" seja feito. Os compromissos imediatos do atual governo com o PT e seus aliados dão pistas de que tarefas de grande envergadura como a da política fiscal ficam mitigadas. A conferir.

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