sexta-feira, 2 de outubro de 2009

POLÍTICA: Caso Bahiapesca: Petistas não podem calar Paulo Rangel!

Do POLÍTICA LIVRE
Suspensos os interesses pessoais eventualmente envolvidos, são sérias as denúncias feitas pelo deputado estadual petista Paulo Rangel sobre o aparelhamento da Bahiapesca, executado, segundo ele, pelo candidato a deputado estadual Mario Negromonte Filho, como o nome diz, filho do deputado federal Mário Negromonte, líder nacional do PP, partido que comanda na Bahia, por delegação do governador Jaques Wagner (PT), as secretarias de Agricultura e Infraestrutura.
Rangel é, antes de tudo, líder do partido do governador na Assembléia Legislativa. Sabia naturalmente, portanto, do impacto que seu discurso causaria e, pelo que se comenta nos bastidores, dele já havia até prevenido o próprio Jaques Wagner, que, ao que consta, não teria dado muita importância, ou mesmo não acreditara, na possibilidade de ver na boca do líder do PT no Legislativo uma manifestação pública tão contundente contra um recente aliado como o PP.
Das acusações mais graves que o petista dirigiu à atuação da Bahiapesca está a de que estaria comprando de uma empresa serviços – ou produtos – duas vezes mais caros do que seu valor de mercado. Daí porque não cabe a nenhum integrante do governo, muito menos a qualquer aliado da base, petista ou não, reparos às denúncias de Rangel sob o argumento de que “roupa suja se lava em casa”. Dinheiro público, como o próprio nome diz, é público e está longe – muito longe – de parecer com roupa suja.
Por este motivo, merece ser aplicado com transparência, à luz da moralidade e da responsabilidade exigidas à administração pública. De um governo petista incipiente como o baiano se espera que, ao invés de censurar um “companheiro” que aparentemente gera instabilidade na base com um discurso, apure a veracidade do que diz, até para provar à opinião pública que pode estar colocando seus interesses pessoais, políticos e eleitorais acima da realidade e da responsabilidade.
Constrangê-lo ou isolá-lo, a ponto de calá-lo, nunca! Quanto a Mário Negromonte, perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado, ao rechear sua legítima resposta às acusações contra o filho com a insinuação de que Rangel poderia ter ingerido álcool ao fazer o discurso. Se bebe com frequência, o que não consta que atrapalhe sua atuação parlamentar ou sua vida pública, Rangel seguramente não está sozinho no PT ou em qualquer partido baiano, razão porque a reação de Negromonte soou como puro diversionismo.

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |