terça-feira, 28 de novembro de 2017

PREVIDÊNCIA: Meirelles diz que não há compromisso com prazo para aprovar reforma da Previdência

OGLOBLO.COM.BR
POR JULIANA ARREGUY

Ministro, que defendia aprovação ainda este ano, muda o tom e afirma que prioridade é a aprovação independente de data

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles havia declarado que esperava aprovar a reforma da Previdência em dezembro- Marcos Alves / Agência O Globo

SÃO PAULO. Um dia após afirmar que a reforma da Previdência deveria ser votada ainda em dezembro deste ano, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou nesta terça-feira que é “muito cedo” para falar sobre a votação na Câmara, e que seu compromisso é com a aprovação da proposta, não com o prazo em que ela será votada.
— Existe uma avaliação que vai ser feita e não há nenhum tipo de compromisso com prazo, e sim com aprovar (a reforma) — disse ele, depois de falar em um evento do banco J.P Morgan, em São Paulo.
Na segunda-feira, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM), chegou a provocar Meirelles ao afirmar que votaria o texto da reforma da Previdência se o ministro entregasse os 308 votos necessários para a aprovação. Nesta terça, no entanto, Meirelles mudou o tom e disse que a reforma será votada no tempo “necessário”.
— O prazo é aquele que será necessário para obter um consenso — observou.
Apesar de alegar não trabalhar com datas, o ministro sinalizou que espera votar o texto ainda na gestão de Michel Temer.
— Temos o quê, 20 dias (até o recesso parlamentar, em dezembro)? É um longo tempo. A questão não é se será este ano ou no início do ano que vem. É que seja aprovado idealmente nessa administração, para evitar que seja o primeiro desafio a ser enfrentado pelo próximo governo — ponderou.
Meirelles também não entrou em detalhes sobre o tempo necessário para implantar as mudanças, caso a reforma seja aprovada, pois os parlamentares ainda discutem aspectos do texto final da proposta.
— É prematuro dizer nesse momento, porque estamos no meio do processo de revisão e votação. Quando tivermos o projeto final aprovado nas duas casas, e nos dois turnos, vamos verificar como ficará a evolução das contas públicas nos próximos anos.
O ministro também comunicou ter cancelado viagens a Frankfurt e Londres, onde realizaria palestras, para se dedicar à votação da reforma e de outros projetos como a tributação sobre fundos exclusivos e adiamento do reajuste de salários dos servidores públicos.
— Estamos em um momento muito importante da discussão e da votação da reforma da Previdência, e tem uma série de outros projetos fundamentais para o Orçamento de 2018 em discussão no Congresso neste momento. Com isso, fiz uma análise de prioridades e concluí que minha presença em Brasília esses dias é mais importante — anunciou.

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