terça-feira, 28 de novembro de 2017

ECONOMIA: Bolsa fecha em alta de 0,1% com expectativa de votação da Previdência

OGLOBO.COM.BR
POR MARINA BRANDÃO

Dólar encerra com desvalorização de 0,31%, cotado a R$ 3,21

- Chris Ratcliffe / Bloomberg

RIO - Após iniciar a semana em queda puxada pelo recuo das commodities no cenário internacional, o Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, fechou em leve alta nesta terça-feira, de 0,10%, aos 74.139 pontos. O pregão inverteu seu movimento após a sabatina de Jerome Powell, indicado para comandar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), no Comitê Bancário do Senado americano.
Também influenciado pela conjuntura internacional, o dólar, que abriu as negociações em alta discreta, recuou 0,31%, a R$ 3,210. Além disso, pesou sobre o câmbio o viés mais positivo do cenário político interno, com a escolha de Alckmin para a presidência do PSDB, além da melhora da confiança do consumidor, que subiu para 86,8 em novembro, ante 83,7 em out., segundo a FGV.
— Em sua fala, Powell reforçou que o ritmo de alta de juros nos Estados Unidos seguirá gradual. Com essa postura mais dovish (favorável a um crescimento de juros mais gradual), o mercado se acalma e se anima — avalia Carlos Soares, analista da Magliano.
Na Bolsa, porém, esses os fatores fizeram contraponto à queda das commodities e seu possível impacto sobre moedas de países emergentes. O movimento, porém, não é o suficiente para que a Bolsa opere em seus níveis ótimos de negociação, segundo avalia Ari Santos, gerente de mesa Bovespa da corretora H. Commcor. Para ele, a alta do Ibovespa ainda é tímida.
— Mesmo subindo cerca 0,5%, o giro da Bolsa é muito baixo. O mercado ainda está muito receoso, as pessoas não sabem bem como agir. Isso porque, mesmo com o governo dando sinais de movimentação para aprovar a Previdência, enquanto ela não for uma certeza, o mercado vai continua operando com baixa volatilidade, pouca liquidez, pouca oscilação, pouco volume — explica.
Ainda assim, o Ibovespa subiu puxado principalmente pela Vale e pelos bancos, que também revertem o movimento da segunda. A mineradora, principal pressão sobre o pregão, valorizou-se em 2,37% a R$ 36,25. Já os bancos foram impulsionados também pelo acordo com a AGU sobre as perdas de rendimento que as poupanças sofreram com a mudança dos planos econômicos nas décadas de 1980 e 1990.
O Itaú subiu 0,16%, a R$ 42,76; o Bradesco avançou 0,29%, a R$ 33,50, e o Banco do Brasil teve alta de 1,49%, a R$ 32,64.
Os números, porém, ainda estão abaixo do que deveriam, defende Santos. Isso porque, mesmo após a temporada de divulgação de balanços que terminou na semana passada, os investidores permanecem receosos.
— A alta de hoje (terça-feira) ainda é baixa quando comparamos com os resultados gerais dos bancos. Em sua maioria, os lucros foram muito bons, mas ainda não estão refletidos no desenvolvimentos das ações, por causa dessa dinâmica mais lenta da Bolsa — explica Santos.
Já as ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Petrobras fecharam em baixa, recuando 0,24% a R$ 16,28. Já as preferenciais, (PN, sem direito a voto) perderam 0,18% a R$ 15,84.

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