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POR O GLOBO
Para Reinaldo Martins, quem tem acima de 60 anos deve se imunizar só se estiver em área de risco
O consultor científico da Fiocruz, Reinaldo Martins - Reprodução da TV
RIO - Reinaldo Martins, consultor científico da Fiocruz, que fabrica a vacina contra a febre amarela, fez uma alerta sobre os riscos da imunização para idosos. Um caso de morte envolvendo um homem com mais de 60 anos está sendo investigado em Silva Jardim, município vizinho a Casimiro de Abreu, na Baixada Litorânea do estado. Para o consultor científico, as pessoas acima dessa idade devem se imunizar apenas se estiverem em áreas de risco e com atestado médico.
— O risco de eventos adversos acima de 60 anos, principalmente acima de 70 anos, é pouco maior. Mas se a pessoa está numa área com recomendação de vacina, com doença em macaco ou casos humanos, o idosos também devem se vacinar desde que estejam em boas condições de saúde — afirmou Reinaldo Martins, em entrevista ao RJTV, da TV Globo.
Segundo ele, o vírus da vacina de febre amarela é o vírus atenuado. Na febre amarela, para cada dez ou 20 casos, uma pessoa morre. No caso da vacina de febre amarela, 300 mil aplicações tem um evento adverso grave desse tipo.
— Então é claro que a vacina é um instrumento valioso e importante para controlar. Na verdade, é o único meio eficaz de controlar a doença — afirmou.
No entanto, de acordo com o consultor científico, como têm os eventos adversos, é uma vacina para ser aplicada em quem tem indicação e para quem precisa. Ele ressalta a importância da investigação em casos de complicações ou morte após a vacina.
— Um caso de óbito ou mesmo evento adverso grave, qualquer que seja, depois da vacina de febre amarela exige uma investigação. Somente com a investigação é que será possível avaliar se foi causado pela vacina ou não.
Em casos de vacinação em idosos, Reinaldo Martins destacou a importância de uma avaliação tanto do médico pessoal quanto de um profissional do centro de vacinação:
— Normalmente, o pessoal que trabalha na sala de vacina ou no centro de saúde está capacitado a fazer essa avaliação. Em caso de dúvidas, o médico deverá ser consultado, ou o médico pessoal ou médico do centro de saúde. Eu diria que de preferência o médico do centro de saúde porque ele já está habituado a lidar com esse tipo de situação. Se chega uma pessoa com atestado médico para se vacinar é importante que o médico do posto de saúde também avalie para checar essa avaliação.
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