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POR O GLOBO / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Itália, Grécia e Rússia registram as temperaturas mais baixas em mais de um século
Turcos enfrentam frio e neve enquanto caminham pela praça de Sultanahmet, em Istambul - MURAD SEZER / REUTERS
PARIS — Pelo menos trinta pessoas morreram neste fim de semana em Polônia, Itália, Grécia, República Checa, Bulgária, Albânia e Rússia, onde foram registradas as temperaturas mais baixas em mais de um século. Na Escandinávia, uma massa de frio polar cobriu grande parte da Europa. A onda de frio glacial agrava ainda mais o drama migratório no continente europeu.
De acordo com o Centro de Segurança Governamental (RCB) da Polônia, dez pessoas morreram de frio no fim de semana no país, onde as temperaturas permaneceram abaixo dos 20 graus negativos em algumas regiões. O órgão reforçou que é necessário ajudar aqueles que mais precisam de proteção, em particular as pessoas desabrigadas.
“A quantidade de vítimas de hipotermia chegou a 65 pessoas desde 1º de novembro”, segundo um comunicado do RCB.
Outras 24 pessoas morreram na Polônia por inalação de monóxido de carbono emitido pelas estufas que usavam para se aquecer. Em média, o país registra 80 falecimentos por ano por conta do frio — em sua maioria moradores de rua que dorme em locais pouco protegidas.
Pessoas caminham entre carros congelados em Thessaloniki, na GréciaFoto: SAKIS MITROLIDIS / AFP
Estátuas cobertas de gelo na Piazza Republicca, em RomaFoto: TIZIANA FABI / AFP
Mulher caminha ao lado de árvore congelada em Thessaloniki, na GréciaFoto: SAKIS MITROLIDIS / AFP
Neves nos telhados de Shimla, na ÍndiaFoto: STR / AFP
Homem esquia no Central Park, em Nova YorkFoto: EDUARDO MUNOZ ALVAREZ / AFP
Pessoas caminham em frente a Mesquita Azul, em IstanbulFoto: YASIN AKGUL / AFP
Recém-casados caminham na praça Sultanahmet, em Istanbul, durante nevasca Foto: YASIN AKGUL / AFP
Praça Sultanahmet, em Istanbul. Centenas de voos foram cancelados na TurquiaFoto: YASIN AKGUL / AFP
Barqueiro quebra gelo em lago congelado na Kashmira, na Índia Foto: TAUSEEF MUSTAFA / AFP
Pessoas passeiam no Central Park, em Nova York, durante tempestade de neveFoto: EDUARDO MUNOZ ALVAREZ / AFP
Na Itália, houve oito mortes no sábado por baixas temperaturas. A maioria das vítimas era de pessoas sem-teto, com idades entre 46 e 66 anos. O domingo continuou em alerta para a onda de frio, com particular intensidade no centro e sul do país. Lá, as comunicações rodoviárias e ferroviárias sofreram consequências por conta do mau tempo.
Outras mortes ocorreram em Rússia, República Checa, Grécia, Albânia e Bulgária — na última nação, foram encontrados congelados os corpos de dois iraquianos em um bosque.
O SOFRIMENTO DOS REFUGIADOS
Na ilha de Lesbos, na Grécia, os campos de refugiados de Moria foram cobertos de neve. As ONGs que trabalham na região se queixam da falta de meios adequados para que os imigrants se aqueçam, pressionando as autoridades de Atenas a tomar atitudes para proteger os imigrantes, que vivem em condições precárias, da onda de frio.
O ministro da Imigração, Yannis Muzalas, no entanto, disse que o governo concluiu a adaptação térmica dos campos de refugiados no país e que já não há refugiados ou imigrantes sofrendo com o frio. Mas não ofereceu mais detalhes desta adaptação térmica.
Em Atenas, os termômetros não passaram de zero grau. Centenas de casas e lojas ficaram sem água por conta do gelo em Salônica, a segunda maior cidade do país. No Norte do país, a temperatura chegou a 15 graus negativos.
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