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POR O GLOBO / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Recém-empossado, Videgaray deverá promover aproximação com futuro governo
Manifestantes carregam bonecos do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, e do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump - Rebecca Blackwell / AP
CIDADE DO MÉXICO — O novo chanceler mexicano, Luis Videgaray, assegurou nesta terça-feira que seu país não pagará pelo muro que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, pretende construir na fronteira entre os países para conter a imigração ilegal. A declaração vem apenas dez dias antes de o republicano tomar posse como chefe da Casa Branca, após ter vencido a corrida eleitoral com uma forte e agressiva retórica contra os imigrantes. A proposta de erguer um muro foi uma das maiores polêmicas da sua campanha presidencial.
— Não há nenhuma maneira de que isso ocorra — garantiu o chefe da diplomacia mexicana em uma entrevista à rede Televisa.
Videgaray, que renunciou em setembro ao cargo de ministro das Finanças, foi nomeado ministro das Relações Exteriores neste mês. Dentre suas missões, está a aproximação com o governo de Trump, que toma posse em 20 de janeiro.
Na semana passada, Trump criticou relatos de que os contribuintes americanos pagariam pelo muro. E disse que os fundos usados para iniciar o projeto seriam reembolsados pelo governo mexicano.
“Os meios desonestos não noticiaram que o dinheiro gasto com a construção da Grande Muralha (por razões de diligência) serão pagos pelo México depois”, afirmou no Twitter.
A principal assessora de Trump, Kellyanne Conway, indicou que o presidente eleito não vai voltar atrás em sua promessa de campanha para que o México pague pelo muro.
— Nada mudou na nossa perspectiva. O Congresso está cuidando por conta própria de explorar várias opções para pagar o muro — assegurou Kellyanne ao programa "This Morning", da CBS News.
Segundo fontes, os assessores de Trump estão considerando um plano para pedir ao Congresso que o dinheiro para a obra esteja disponível nos cofres dos EUA.
A informação foi confirmada por dois funcionários do Congresso e um membro da equipe de transição do magnata. Todos falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizados a comentar o assunto publicamente.
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