terça-feira, 11 de outubro de 2016

LAVA-JATO: Esquema pagou plano de saúde de irmão de Lula, segundo MPF

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO

José Ferreira da Silva teria recebido ao menos R$ 20 mil para despesas pessoais

O ex-presidente Lula participa de ato da campanha de Jandira Feghali à prefeitura do Rio - Domingos Peixoto/Agência O Globo

RIO — Na denúncia oferecida nesta segunda-feira contra o ex-presidente Lula e outras dez pessoas, o Ministério Público Federal afirma que José Ferreira da Silva, irmão de Lula, recebeu ao menos R$ 20 mil para despesas pessoais, entre elas seu plano de saúde, como parte da retribuição da Odebrecht às vantagens possibilitadas pelo ex-presidente em contratos da empreiteira em Angola.
Segundo a denúncia, foi pago um “montante comprovado superior” de R$ 10 mil em planos de saúde de José, mais conhecido como Frei Chico, de sua esposa, Ivene, e de sua filha, Larissa. Também foram pagos “ao menos” R$ 10 mil em gasolina.
Os pagamentos foram realizados pela Exergia Brasil, empresa de Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho da primeira mulher do ex-presidente e também denunciado na ação penal. Segundo investigação da Polícia Federal, a Exergia teria sido criada apenas para receber dinheiro da Odebrecht. Não há informações de negócios da Exergia com outras empresas dentro ou fora do país.
De acordo com o MPF, Lula facilitou empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar obras da Odebrecht em Angola. Em troca, a empresa teria subcontratado a Exergia, além de realizar pagamentos indevidos ao ex-presidente, por meio de palestras realizadas a convite da construtora.
Procurado, Frei Chico disse ao GLOBO que não tinha informações sobre a acusação de que a Odebrecht pagou o seu plano de saúde e que se informaria para dar uma resposta na terça-feira.
O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,disse que não há nenhuma relação entre as palestras feitas por Lula no exterior e empréstimos do BNDES à Odebrecht.
— Não temos conhecimento dos termos dessa denúncia, mas posso dizer que decisões do BNDES são colegiadas e o presidente da República não participa delas — disse Zanin, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira em São Paulo.

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