quinta-feira, 15 de setembro de 2016

INVESTIGAÇÃO: PF indicia Pimentel, governador de MG, na Operação Acrônimo

FOLHA.COM
GABRIEL MASCARENHAS
BELA MEGALE
DE BRASÍLIA

A Polícia Federal indiciou nesta quinta-feira (15) o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e o empresário Marcelo Odebrecht no âmbito da Operação Acrônimo, que investiga a liberação de financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a Odebrecht.
Pimentel e o empresário são acusados de ter praticado crime de corrupção, entre outros.
Segundo investigação da PF, Pimentel recebeu propina e em contrapartida atuou na liberação de financiamentos do BNDES para obras da Odebrecht fora do país. Pimentel foi ministro do Desenvolvimento de 2011 a 2014, período em que a empresa se beneficiou de dinheiro do banco estatal.
Como o governador tem foro privilegiado, o ministro Herman Benjamin, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), teve que autorizar o indiciamento.
O inquérito será encaminhado à Procuradoria-Geral da República, que decidirá se oferece mais esta denúncia contra o petista e o empreiteiro.
NOVA FASE
Nesta quinta a PF também deflagrou a 8ª fase da Acrônimo, que novamente investiga se houve pagamento de propina por parte da Odebrecht.
A empresa teria sido beneficiada por US$ 3 milhões do BNDES para fazer os projetos do Porto Mariel, em Cuba, e também outros na República Dominicana, Panamá, Angola, Gana e México, em troca de pagamento de propina a um assessor do ministério da Fazenda.
O governador de Minas não é alvo desta fase.
OUTRO LADO
A reportagem ainda não conseguiu contato com as defesas de Pimentel e de Marcelo Odebrecht, nem com a empreiteira.
O governador sempre negou envolvimento com irregularidades.

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