terça-feira, 3 de março de 2015

POLÍTICA: "Esse tipo de iniciativa da Assembleia não tem legitimidade", afirma promotor sobre bolsas

METRO1
Por Bárbara Silveira

Foto: Divulgação/MP-BA
Em entrevista à Rádio Metrópole na manhã desta terça-feira (2), o promotor Adriano Assis, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa do Ministério Público da Bahia (MP-BA) comentou a distribuição de bolsas de estudo sem um critério definido por parte dos deputados estaduais. O promotor explica que, desde quando o caso foi denunciado pela Metrópole, no início de 2014, o MP-BA passou a investigar quais eram os critérios de concessão do programa. 
"Conseguimos formalizar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que encerrou o programa. Numa outra cláusula, dizia que nenhuma outra bolsa seria concedida depois da assinatura. Assim, nenhuma outra bolsa poderia ser concedida pela AL-BA. Numa outra cláusula uma ressalva: qualquer situação de concessão desse benefício que não atendesse aos requisitos previstos seria passível de investigação. Esse termo de ajustamento não acoberta qualquer concessão indevida de bolsas a pessoas carentes", explica o promotor. 
Ainda segundo Assis, a comprovação de parentesco entre deputados e os beneficiados pelas bolsas pode ser configurado como improbidade administrativa. "Esse tipo de iniciativa da Assembleia não tem legitimidade. Não cabe a Assembleia. Pessoas que tenham sido beneficiadas que mantenham algum tipo de parentesco com políticos locais, em princípio, configura justa causa. Hoje estamos encaminhando três expedientes para dar continuidade as investigações. Se há deputados estaduais envolvidos nessa situação, cabe a improbidade administrativa", afirma.

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